Os rumores que as lojas C&A podem ser extintas ganhou força nos últimos dias. Afinal, uma das lojas queridinhas pode sumir do mapa?

As lojas C&A podem ser extintas no Brasil. O assunto ganhou novos rumores com a possibilidade de compra da marca pela Renner. Segundo publicado pelo colunista Lauro Jardim, do O Globo, as duas empresas estão em processo de negociação.

As duas lojas se destacam no mercado varejista. A Renner vale hoje cerca de R$ 20 bilhões, e a C&A vale R$ 750 milhões. Apesar da publicação do colunista, nenhuma loja se manifestou sobre o assunto até o momento. Os rumores sobre a venda da C&A são antigos e começaram pelo menos em 2020.

Lojas C&A extintas

Também não é de agora que a C&A vem apresentando resultados negativos, com queda de lucro. No terceiro trimestre de 2022, por exemplo, o prejuízo líquido foi de R$ 61,4 milhões. No primeiro trimestre do ano de 2022, o resultado também não foi positivo. A C&A teve prejuízo líquido de R$ 152,7 milhões.

Por outro lado, as Lojas Renner têm apresentado crescimento nas vendas. No terceiro trimestre de 2022, por exemplo, o lucro líquido foi de R$ 257,9 milhões, com crescimento de 50% em relação ao ano anterior.

Um levantamento publicado pelo Suno mostra que cerca de 65% da empresa da C&A está concentrada no Brasil. Atualmente, a Renner conta com 663 lojas e a C&A com 331.

Afinal, a C&A pode chegar ao fim?

Apesar de todos os números que alimentam os rumores sobre a venda da C&A, ainda não existe nenhum anúncio oficial da empresa. De acordo com as informações publicadas pelo colunista do O Globo, a C&A teria consultado fundos e grupos estratégicos para a venda do grupo, mas não anunciou a comercialização de ativos no país.

Um dos motivos para a venda pode ser também a presença da C&A em outros mercados mais lucrativos. A empresa está hoje em 18 países do mundo, sendo metade na Europa. A família que controla a maior parte da empresa no Brasil estaria interessada em focar os trabalhos da marca fora do país.

A família Brenninkmeijer, descendentes dos irmãos fundadores da C&A, ainda controla a companhia no mundo; no Brasil, a família detém 65% da operação

A operação brasileira sempre foi relevante para o grupo. Mas começou a perder relevância com a crise econômica de 2015, diz André Pimentel,  sócio da Performa Partners, consultoria especializada em empresas médias e grandes. “De um tempo para cá, a C&A vem analisando suas operações no mundo inteiro. Vendeu participação na China e no México e só sobrou o Brasil fora da Europa”, afirma ele. Além disso, com a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro, a operação brasileira perde importância dentro do grupo.

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