Marília está em festa. São 94 anos de emancipação política e administrativa com uma história construída pelas mãos de seu povo e da visão empreendedora de muitos empresários que acreditaram na cidade. Porém, não podemos estender os méritos a toda a classe de políticos, pois nem todos utilizaram a política para servir o povo, mas se serviram da mesma para seus próprios interesses. Há exceções, mas a grande maioria deu uma banana para o povo literalmente após sentar na cobiçada cadeira do 2º andar.

Pelos comentários da população em emissoras de rádio ainda não cooptadas, nas redes sociais e na redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, a voz era unanimidade em afirmar; “ESTE FOI O PIOR ANIVERSÁRIO DA CIDADE”.

Como comemorar com ruas esburacadas em todos os bairros e até na área central, falta de médicos nas unidades de saúde, mato até nos prédios públicos, falta de água e o encaminhamento da venda do maior patrimônio da cidade (DAEM), transporte coletivo de péssima qualidade entre outros ?

Para culminar com o espetáculo da “Nárnia” (Cidade em outra dimensão), pregada pelo prefeito Daniel Alonso e seu vice Cicero do Ceasa, o grande presente da cidade não foi nenhuma obra e sim uma música denominada “Terra de Gigantes”, que iremos comentar em uma outra matéria, mas que foi apresentada durante aquele que foi considerado o mais tristonho dos desfiles.

Parece incrível, mas faltando 6 anos para o centenário de Marília, nenhuma obra foi inaugurada ou anunciada. Apenas discursos politiqueiros no hasteamento da bandeira e a apresentação das escolas, banda marcial e os integrantes do tiro de guerra.

Que fique bem claro, que nada temos a falar sobre o esforço das professoras, ADE’s e dos alunos que se apresentaram. Nada temos a questionar do pequeno público que compareceu e que mostrava no semblante uma desmotivação nunca vista na história. Qual seria o motivo do desencanto ?

Com muita propriedade, um dos mais conceituados jornalistas do interior paulista, com atuações no Jornal da Manhã de Marília, Bom Dia de Bauru, entre outros, atuando atualmente com seu blog e prestando assessoria como corresponde para veículos de comunicação de outros estados e até para outros países como Argentina e México, escreveu esta semana aquilo que de mais verdadeiro foi apresentado aos marilienses na avenida Sampaio Vidal como presente a nossa população.

Estamos falando do jornalista Rodrigo Viúdes, ex-integrante da Banda Marcial do SENAC, que posteriormente foi adotada no governo do saudoso prefeito Salomão Aukar, se transformando na BANDA MARCIAL DE MARÍLIA, e que não resistiu ao que foi colocado diante dos olhos. Com nohall invejável sobre desfiles cívicos, o mesmo lastimou o desdém, o clima depressivo e a desorganização. Seu relato relembra que Marília já foi premiada diversas vezes em campeonatos de bandas marciais e este em sua análise foi o pior desfile da história de Marília. “A cidade não merecia isto”. Em forma de desabafo ele publicou um corretivo editorial denominado MARCHA DO SILÊNCIO, na qual com sua autorização direcionamos o link, para que, você leitor (a) possa compartilhar do raciocínio e reflexão do estado de decadência em que estamos também nesta área cívica e cultural. Acesse e confira o texto histórico;

https://www.blogdorodrigo.com.br/post/na-marcha-do-sil%C3%AAncio

Se você teve o prazer de ler esta rica postagem, não pelo efeito politico, mas pela riqueza de detalhes de alguém que conhece do assunto, acabou de despertar para mais uma pendência de nossa cidade. Como se já não bastasse os problemas existentes por incompetência administrativa, nos chega mais esta constatação, aos poucos estão acabando com o civismo da Marília de Dirceu.

Em verdade vos digo, não temos prazer nenhum em ficar criticando a cidade. Gostaríamos de reproduzir boas noticias e criar um clima de otimismo para os munícipes, mas infelizmente se torna difícil com uma administração tão medíocre com uma gestão tão pífia aos olhos de câmara municipal omissa. Nem só de lançamento de condomínios e empreendimentos imobiliários de alto padrão vive uma cidade.

Não adianta vender uma imagem de “Terra de Gigantes”, quando o seu povo se torna pequeno ao chegar a uma unidade de saúde, ao necessitar do transporte público, ao transitar pelas ruas esburacadas, ao deambular por horas a procura de um emprego. Eles são gigantes porque sobrevivem diante do descaso, mas GIGANTES MESMO, são aqueles que se enriquecem sem muito esforço, em salas com ar condicionado e ás custas do povo.

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