Miguel da Silva afirma que é preciso prestar atenção no cheiro e se a casca tem alguma ruptura; especialista ainda traz orientações para fazer o tradicional ovo cozido.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA esteve em “off” visitando alguns supermercados da cidade e próximo ao setor de ovos, procurou ouvir alguns consumidores sobre a qualidade dos ovos disponibilizados para a venda aos consumidores, das mais diversas marcas.

A surpresa foi grande, pois boa parte reclama do tamanho, da qualidade e da falta de opções em alguns estabelecimentos que alegam novo sistema de compra por leilão. Preocupados com a situação, nossa coluna SOS CONSUMIDOR ensina como identificar quais ovos estão bons para o consumo. O especialista em ovos, Miguel da Silva, nos preparou algumas orientações.

Silva afirma que é importante optar sempre por ovos mais novos. Por isso, é fundamental sempre observar a data de validade do produto. Em caso de promoções, corra, pois com certeza o vencimento está próximo.

É preciso prestar atenção no cheiro do ovo e se a casca tem alguma ruptura — Foto: Reprodução/RPC

Ele também ensina a fazer um teste com um copo cheio de água para verificar se o ovo é novo ou velho.

“Se um ovo boiou na posição vertical, ele está indicando para o consumidor que é mais envelhecido. Não significa que é impróprio para o consumo, muito pelo contrário”, explica.

Se um ovo boiou na posição vertical, ele está indicando para o consumidor que é mais envelhecido — Foto: Reprodução/RPC

Segundo ele, o consumidor deve estar atento às alterações de cheiro e se a casca tem ruptura. Caso não apresente nenhum desses sinais, ele está próprio para o consumo.

O ovo mais novo vira na horizontal e afunda.

“Boa parte dos consumidores não observa a posição do ovo no estojo. É importante que este ovo esteja com a parte mais fina para baixo, que é a posição correta”, diz o especialista.

O ovo mais novo vira na horizontal e afunda  — Foto: Reprodução/RPC

Como saber se o ovo está bom?.

Ovo estragado é facilmente identificado assim que a casca é quebrada: o cheiro desagradável não deixa dúvidas de que o alimento não serve para mais nada. Aliás, deveria ser regra a dica de sempre quebrar um a um, em copo ou outro vasilhame, antes de adicioná-los às receitas, sem risco de perder tudo.

Outra forma de identificar algo errado é através da própria casca: ovos frescos têm cascas opacas e ásperas, enquanto os mais velhos são lisos e até um pouco brilhantes. Detalhe importante: o fato de não estarem frescos não significa que precisam ser descartados, pois só oferecem risco à saúde se estiverem podres. Nas receitas, há chances de alterarem apenas aquelas que dependem muito desse ingrediente, como o quindim, por exemplo.

Dicas para fazer ovo cozido

Por fim, Silva ainda dá dicas para fazer o tradicional ovo cozido. “Coloque o ovo na água ainda fria e aguarde a água entrar em ebulição. Aí você desliga a chama do fogão”.

De acordo com ele, é neste momento que o consumidor deve escolher como deseja comer.

  • Para ovos mais moles: o alimento deve ficar de 3 a 4 minutos na água.
  • Para gema um pouco mais firme: de 5 a 7 minutos.
  • Para quem gosta de gema e clara mais dura: até 10 minutos.
Ovo cozido — Foto: Reprodução/RPC
Ovo cozido

Orgânico, caipira, vermelho: qual ovo escolher e como saber se ele está bom

O ovo pode ser a salvação de uma refeição rápida e nutritiva da mesma forma que é ingrediente-chave para pratos de preparo mais complexo, como um bom suflê. Se a versatilidade não deixa dúvidas, já não se pode dizer o mesmo sobre os vários tipos encontrados nos mercados. Afinal, o que cada um deles tem de diferente?

Ser caipira ou de granja tem a ver com o ambiente de criação das galinhas. Aves confinadas e estimuladas a produzirem muito geram os chamados ovos de granja. Já os caipiras provêm de animais que vivem em espaços maiores e com circulação mais livre.

Tais circunstâncias podem acarretar variações nutricionais nos ovos, visto que a alimentação dada às poedeiras, bem como influências do ambiente externo, tendem a refletir em sua composição.

A mesma condição é verificada em ovos de origem orgânica, sejam caipiras ou de criadouros. Tal certificação assegura que as galinhas têm acesso a alimentos totalmente livres de agrotóxicos e fertilizantes químicos.

Além disso, jamais são expostas a antibióticos, remédios ou até rações para estimular seu crescimento. Como consequência, são mais saudáveis para consumo.

Branco ou vermelho?

Já a cor dos ovos está associada à tonalidade da penugem das aves, características das raças ovíparas. Ovos brancos são postos por galinhas de penas brancas; ovos amarronzados são postos por galinhas de penas vermelhas. Agora, na cozinha, a verdade é que não há nada que interfira mais, entre um e outro ovo.

Nos restaurantes, onde o consumo é elevado, o uso das versões pasteurizadas é bastante comum. Os ovos nada têm de anormais: são comuns, submetidos a um processo que elimina salmonella e outras bactérias possivelmente prejudiciais. A técnica permite que o alimento seja disponibilizado como líquido ou em pó, com gemas e claras juntas ou separadas.

Há, ainda, os feitos à base de plantas. Em pó e líquido, o ingrediente promete integrar receitas normais e garantir a mesma eficácia do ovo que vem da galinha. Uma outra opção é a de “ovo mexido”, que só precisa ser misturada para formar uma espécie de massa.

Limpar e guardar.

Regra que muita gente desconhece: a higienização de um ovo deve ser feita apenas no momento em que for utilizado. Aí, basta lavá-lo com água corrente e secá-lo. Tal recomendação se deve à porosidade da casca que, se lavada com antecedência, perderá os óleos naturais de proteção, favorecendo a contaminação do alimento.

O jeito certo de guardar igualmente pode surpreender, já que mantê-los no refrigerador pode ser, inclusive, ruim. Isso porque a casca absorve a umidade e os odores e o resfriamento tende a atrapalhar no ponto certo de cocção da gema. A não ser que resida em um local extremamente quente, os ovos podem ficar fora da geladeira.

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