A Polícia Civil de Marília prendeu, na manhã desta sexta-feira (19), um homem suspeito de envolvimento no tráfico de drogas sintéticas.

A prisão faz parte de uma operação com mais de 20 mandados de prisão e busca e apreensão realizados em Marília, Ourinhos, Assis, Catanduva e Matão, como parte da operação SynthLux que, em fevereiro de 2024, desmontou uma quadrilha que distribuía as drogas para todo o interior de SP.

Segundo consta, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ/SP), através da desembargadora Fátima Vilas Boas Cruz, da 4ª Câmara de Direito Criminal, revogou decisão do juiz da 1ª Vara Criminal do Fórum de Marília, Luis Augusto da Silva Campoy, e mandou prender, novamente os 24 integrantes de uma quadrilha envolvida com tráfico de drogas sintéticas, principalmente, que atuava com base em Marília.

A justificativa do TJ para a decisão é insuficiência estrutural da polícia para evitar que os traficantes soltos mantenham contato entre si e fiscalizar o cumprimento de outras medidas cautelares determinadas na soltura, como proibição de se ausentarem da comarca onde residem, obrigação de comparecimento mensal em juízo para informar atividades e endereço até a sentença do processo.

Os traficantes, a maioria de classe alta, foram presos em uma grande operação da Polícia Civil (denominada SynthLux). O processo corre em segredo de justiça e por esta razão não podemos divulgar os nomes, mas assumimos o compromisso de divulgar, assim que o mesmo for concluído.

Quatro integrantes conseguiram fugir da ação policial que cumpriu mandados de buscas, apreensões e prisões. Os quatro foragidos, C.A.V.S, G.H.S, F.S.D e M.H.C, quando capturados, deverão cumprir as prisões preventivas no regime fechado.

O grupo era formado por jovens da classe média, que na época foram soltos depois de uma decisão da Justiça, mas dias depois revogada a pedido do Ministério Público. A polícia, que fez um excelente trabalho e desmantelou a quadrilha, terá que correr atrás dos 24 que foram soltos, de novo.

Após a operação do dia 7 de fevereiro, envolvendo 130 policiais (dos quais 80 só em Marília) e que resultou em 11 mandados de prisão cumpridos e apreensões de drogas, dinheiro, veículos e eletrônicos, em vários bairros e algumas mansões em Marília, como no Jardim Maria Izabel, Esmeraldas e Aeroporto, o delegado titular da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE/Marília), dr. João Carlos Domingues, disse que as investigações em torno da quadrilha durou cerca de nove meses, após a prisão em flagrante de um dos envolvidos.

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