A Guarda Costeira dos Estados Unidos informou nesta quinta-feira, 22, ter achado um “campo de destroços” na área de busca pelo submarino desaparecido depois de visitar os restos do Titanic. Cinco pessoas estão a bordo do veículo que sumiu no fim de semana. O oxigênio dos tripulantes já se esgotou, conforme o prazo previsto inicialmente, de pouco mais de 90 horas.

“Especialistas do comando unificado estão avaliando as informações”, comunicou a Guarda Costeira, ao marcar uma coletiva de imprensa para hoje. Neste momento, dois robôs estão vasculhando o fundo do Oceano Atlântico em um perímetro onde o submarino pode estar. Ambos têm braços mecânicos capazes de cortar cabos de ferro e outros objetos. As imagens obtidas do “campo de destroços” foram enviadas por um dos robôs.

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Cofundador da Ocean Gate, empresa da expedição fala sobre a situação 

O submarino pode ter sofrido uma “implosão instantânea” durante a ação. De acordo com a BBC, o homem que co-fundou a OceanGate, empresa que organizava expedição até o Titanic. O empresário, identificado como Stockton Rush disse em entrevista que, também “não ficaria suspeito se algo tivesse acontecido na superfície”. 

Guarda Costeira dos EUA anuncia coletiva 

Guarda Costeira dos EUA informou que fará coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (22) para informar detalhes sobre as buscas pelo submarino. Segundo a BBC, vão estar na coletiva John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira e o capitão Jamie Frederick, também da Guarda Costeira.

Destroços são encontrados em área de busca

A Guarda Costeira dos EUA encontrou nesta quinta-feira (22) destroços nas áreas de busca pelo submarino desaparecido ) enquanto fazia uma expedição pelo Titanic. O submarino desapareceu no domingo (18) com cinco pessoas a bordo. 

Segundo a Guarda Costeira, os destroços foram encontrados perto de onde estão os restos do Titanic por uma das sondas que fazem as buscas. Segundo informações da BBC, ainda não é possível afirmar que o material seja do Titan. As equipes de resgate estão analisando os objetos encontrados para ter certeza do que se trata.

Um especialista em resgates disse ao tabloide britânico que os destroços encontrados durante a busca por Titã correspondem a uma estrutura de pouso e à tampa traseira do submersível. Segundo David Mearns, que recebeu a informação por meio de uma mensagem de WhatsApp de alguém diretamente envolvido na operação, esses destroços pertencem à embarcação desaparecida.

De acordo com Mearns, a tampa pontiaguda corresponde ao próprio submarino não convencional e a pequena estrutura que parece assentar é a estrutura de pouso. O especialista enfatizou a importância da descoberta, já que se trata de partes fundamentais do sistema que dificilmente seriam encontradas se não tivessem sido fragmentadas. Ele ainda acrescentou que o casco do submarino ainda não foi encontrado e que, caso a tampa e a estrutura de pouso estejam separadas dele, um evento grave pode ter sido responsável pela fragmentação.

“Pelas notícias que temos até agora, não encontraram o casco onde estão os homens”, continuou. 

IMPORTANTE: No momento da produção desta matéria, a empresa OceanGate, responsável pelo submarino que fazia uma expedição aos destroços do Titanic, confirmou que todos os passageiros do veículo aquático morreram. A principal teoria é que o submersível tenha implodido.

Casal que pagou R$ 1 milhão processa empresa depois de ter viagem cancelada

casal que processou empresa do submarino que desapareceu no oceano atlântico - oceangate - titanic

A OceanGate, fabricante do submarino que desapareceu no Oceano Atlântico no início da semana, é alvo de processo movido por um casal. À Justiça dos Estados Unidos, Marc e Sharon Hagle afirmam que chegaram a pagar o equivalente a R$ 1 milhão à empresa para a expedição aos destroços do Titanic. A viagem, porém, nunca ocorreu para eles.

O casal abriu ação judicial contra Richard Stockton Rush, fundador da OceanGate e um dos tripulantes do Titan, em fevereiro. Marc e Sharon alegam que reservaram a viagem ao fundo do mar, pagaram antecipadamente e não tiveram o dinheiro devolvido — mesmo com a expedição não ocorrendo com a presença deles.

Segundo a CNN norte-americana, a relação financeira do casal Hagle com a fabricante do Titan teve início em novembro de 2016. Na ocasião, houve pagamento de US$ 20 mil (cerca de R$ 95.200, na cotação atual). Ao fim das contas, o casal pagou à empresa o total de US$ 210.258 (valor que ultrapassa R$ 1 milhão).

Sem a viagem até os destroços do Titanic, Marc e Sharon Hagle tentaram, também sem sucesso, ser reembolsados. Dessa forma, alegaram à Justiça da Flórida que a OceanGate cometeu fraude e violou a Lei de Práticas Comerciais Enganosas e Desleais do Estado.

Segundo o processo, a viagem com o casal até o fundo do mar chegou a ser programada em cinco diferentes oportunidades: outubro de 2017, junho de 2018, julho de 2019, meados de 2020 e julho de 2021.

Procurado pela equipe da CNN dos Estados Unidos, o advogado Ronny Edwards Jr. preferiu não falar diretamente sobre o processo de R$ 1 milhão aberto contra a empresa responsável pela fabricação do submarino Titan. Ele preferiu falar sobre o desaparecimento.

“Mais importante do que o litígio, no entanto, é o retorno seguro de toda a tripulação do Titan”, disse Edwards Jr. “Meus pensamentos e orações estão com a tripulação e suas famílias.”

Piloto era casado com parente de vítimas do Titanic

De acordo com o New York Times, o chefe do submarino Titan, desaparecido no Atlântico Norte, Stockton Rush, é casado com Wendy Rush, tataraneta de dois passageiros da primeira classe que morreram durante o naufrágio do Titanic, em 1912.

Wendy é parente do empresário Isidor Straus e de sua esposa, Ida, as pessoas mais ricas que estavam na viagem inaugural do navio. A história do casal tem destaque no filme Titanic. Ida, interpretada por Elsa Raven, se nega a entrar no bote junto com mulheres e crianças ao ver que seu esposo, vivido por Lew Palter, não se salvaria.

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