MP investiga aplicação que teria ocorrido durante imunização dos profissionais de segurança pública no batalhão. Oficiais tinham sido afastados e, agora, foram transferidos.

A Polícia Militar transferiu os dois oficiais do 32º Batalhão da PM em Assis (SP ) que estavam afastados de suas funções depois que uma sindicância foi aberta pela polícia para investigar a denúncia de que esposas de policiais da cidade teriam recebido a vacina contra a Covid-19.

Segundo a PM, um dos oficiais foi transferido para a reserva a pedido e o outro para uma unidade não informada pela PM. A sindicância está em fase final de relatório e será remetida ao Ministério Público e à Corregedoria da instituição.

Em 6 de maio deste ano, o MP instaurou inquérito civil para apurar a responsabilidade dos oficiais suspeitos de terem autorizado ou beneficiado parentes, além de policiais aposentados ou afastados, furando a fila de vacinação contra a Covid-19.

Segundo a denúncia, as mulheres teriam recebido a dose durante a imunização realizada no batalhão para os profissionais de segurança, no início de abril. No entanto, elas ainda não teriam direito de receber a vacina nessa fase da campanha.

Nesta quinta-feira (27), o MP disse que o inquérito civil segue em curso e que a última resposta foi juntada no dia 25 de maio, atendendo ao prazo estabelecido. A partir de agora, os promotores vão analisar as versões dadas pelos representados nos documentos remetidos pelo Comando de Policiamento do Interior da região de Presidente Prudente (CPI-8).

Na época, o CPI-8 informou, por meio de nota, que tinha recebido “com perplexidade a informação de que familiares de policiais teriam recebido doses da chamada ‘xepa’ (algumas doses restantes de três frascos já abertos ao final das atividades de vacinação), contrariando determinações”.

A nota ressaltou ainda que a instituição não compactua com desvios de comportamento e que o caso estava sendo rigorosamente apurado. Agora, a PM informou também que respondeu todos os questionamentos solicitados pela Promotoria.

Já a Secretaria de Saúde de Assis disse que a organização da imunização da segurança pública não foi de responsabilidade do município.

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