Após a péssima repercussão nas redes sociais diante de dois vídeos em forma de denúncia de pacientes que realizam acompanhamento no CAOIM ( Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília ) e matéria do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, tecendo maiores informações sobre o assunto, o secretário municipal de saúde não confirmou a informação e classificou o ocorrido como uma onda de “fake news”.

O fato aconteceu no final da tarde de ontem, sexta feira (3 ) quando o nobre secretário municipal de saúde, através de seu WhatsApp, enviou uma mensagem para a nossa redação com uma nota relatando que na realidade haverá apenas um remanejamento de funcionários. Confira a nota enviada ;

A Prefeitura de Marília, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, informa que se trata de Fake News a informação que o Caoim (Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília) vai fechar – o local continuará funcionando e atendendo normalmente à população. Será necessário o remanejamento de alguns funcionários por conta do vencimento do Convênio 1092/2016, e a Prefeitura irá substituí-los por outros também altamente capacitados, sendo que o serviço seguirá funcionando normalmente, fazendo o atendimento de excelência àqueles que estão inseridos naquele local.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA, ao longo de sua trajetória, não compactua com a publicação de fake news e jamais irá publicar algo que venha simplesmente servir a interesses de grupos políticos. Neste ato, reiteramos nossa posição de não ser situação e tampouco oposição, APENAS temos posição diante dos fatos.

Caoim recebe crianças de escola...

No fato em questão, os relatos foram emitidos por pacientes que estavam sendo atendidos na referida unidade. Pelos depoimentos, é possível constatar que os mesmos foram surpreendidos pela informação ao chegar no local, seja via notificação ou verbalmente pelas profissionais que prestam atendimento.

Se houve algum mal entendido na comunicação ou caso tenha ocorrido alguma mudança em função da péssima repercussão, não é de nossa responsabilidade, por esta razão reproduzimos na cabeça desta matéria, um novo vídeo confirmando as primeiras informações que chegaram a nossa central de jornalismo.

O CAOIM ( Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília ), mais do que um projeto, é uma política importante de saúde pública para milhares de crianças e adultos e, ao nosso ver, não pode ser distribuída para as unidades de saúde por ser um serviço específico. Seria um retrocesso que em primeira vista, mais uma vez, caracterizaria apenas a contenção de despesa, menosprezando a qualidade de vida na saúde das pessoas para uma cidade que projeto um orçamento de mais de R$ 1,2 bilhões de reais.

Relembrando a importância de um grande projeto

A VOLTA DO PROFESSOR ? : Ex Prefeito Profº Mário Bulgareli recorre contra  decisão de cassação e acena candidatura em 2020. | Jornal do Onibus Marília

O Centro de Atendimento à Obesidade Infantil de Marília (CAOIM ), foi criado em 2006, na administração do então prefeito Mário Bulgareli, com a oferta de ações de prevenção e de tratamento da obesidade infanto-juvenil em uma iniciativa que acabou até sendo copiado por outras cidades.

As crianças com diagnóstico de sobrepeso e obesidade eram encaminhadas por profissionais de saúde (médico ou enfermeira) das UBS, escolas municipais e estaduais, consultórios particulares e demanda espontânea ao Caoim, no qual passavam por avaliações quanto à necessidade de inclusão no programa, seguindo um fluxograma preestabelecido pelo serviço.

A elaboração do fluxograma levava em consideração o estado nutricional das crianças e adolescentes a serem atendidas, utilizando como indicador o IMC. A iniciativa envolvia encontros semanais com três horas de duração durante seis meses com diferentes profissionais de saúde (psicóloga, nutricionista, fisioterapeuta, profissional de Educação Física, cirurgiã-dentista e enfermeira) para a orientação em grupo ou individual, quando necessária.

Os assuntos sempre eram criteriosamente escolhidos semanalmente para que toda a equipe profissional possa trabalhar com o mesmo tema, incluindo na metodologia dinâmicas lúdicas, palestras, orientações práticas, vivências culiná- rias, oferta de lanches saudáveis e construção de ferramentas de apoio aos familiares para as mudanças.

Caso a criança não fosse incluída ou concluísse o programa, ela era contrarreferenciada à unidade de origem, para que pudesse dar continuidade a esse cuidado ou ser reencaminhada ao Caoim.

Com o tempo e devido a importância o projeto se tornou mais abrangente e acabou contemplando os adultos. Sem dúvida mais um grande projeto que, caso se confirme a desativação, fará muito falta para centenas de pessoas que ficarão sucateadas nas filas dos postos de saúde.

Em se confirmando a informação, é triste ver o contrassenso da administração municipal também na área da saúde. Após a nota divulgada, esperamos realmente um posicionamento mais claro e transparente da administração municipal não só com os pacientes, mas, também para com a população, afinal o projeto foi uma conquista do munícipe e, e mantido com o dinheiro dos impostos. MAIS HUMANIZAÇÃO, MAIS TRANSPARÊNCIA.

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