A noticia começou a circular em alguns sites de noticias, jornais e, em uma emissora de rádio local, questionando a legalidade e o risco da conduta para a proliferação do COVID-19 na cidade que, até o momento apresenta números considerados baixos levando-se em consideração a proporcionalidade, o tamanho do município e o número de habitantes.

Pelo que apuramos, a Prefeitura Municipal de Marília está apurando uma denúncia recebida pelo secretário da Saúde, Cássio Pinto, sobre empresas de transporte trazendo passageiros de outras cidades para Marília, apesar do fechamento do Terminal Rodoviário, sendo uma delas a conceituada empresa Guerino Seicento.

“Soubemos que estão chegando ônibus com lotação completa vindos de cidades como São Paulo, onde há intensa transmissão da Covid-19”, disse Cássio em entrevista à um dos sites.

O desembarque estaria acontecendo fora da Rodoviária ( em frente a loja Havan ) e, segundo Cássio, está sendo estudada a legalidade da situação.

“Fechamos Rodoviária e Aeroporto para ter um controle maior sobre quem chega e sai de Marília”, complementou o secretário.

O fechamento foi decretado junto com o estado de calamidade, no final do mês passado. Se a medida é burlada, aponta Cássio, pacientes contaminados vindos de fora podem piorar a situação local.

CONTROVÉRSIA ENTRE ÓRGÃOS, ESTADO E UNIÃO

Nossa reportagem entrou em contato com o representante da empresa Guerino Seicento em Marília, Wilhiam Brandão, que, prontamente nos atendeu e explicou que o decreto municipal está sendo respeitado, mas, que a empresa não pode deixar de cumprir uma exigência do próprio órgão do estado e da união que fiscaliza e regulamenta o setor.

“Em nenhum momento estamos descumprindo o decreto municipal publicado pela prefeitura, pois não existe movimentação de passageiros dentro do terminal rodoviário e principalmente em nossos guichês. O que ocorre é que, nos temos a ANT ( Agência Nacional de Tranportes) e ARTESP ( Agência Reguladora dos Transportes Rodoviários no Estado de São Paulo ) que fiscalizam, regulamentam e, nos obrigam a cumprir as linhas por ser o transporte de pessoas considerado como essencial”, comentou.

Wilhiam ainda nos apresentou uma autuação justamente da ARTESP pelo fato da empresa não estar efetuando a linha São José do Rio Preto / Ourinhos justamente por falta de passageiros. ” Está havendo uma contradição muito grande, pois, o governo publica um decreto, no entanto, um órgão do próprio governo impõe o contrário e nós somos obrigados a cumprir”, esclareceu.

Mais uma vez saindo na frente

Para finalizar e colocar um ponto final na polêmica, Wilhiam anunciou que, embora seja obrigação da secretaria municipal de saúde da cidade efetuar o serviço, a EMPRESA GUERINO SEICENTO mais uma vez sairá na frente e efetuará o controle na chegada dos passageiros.

“É uma medida inédita, pois, nenhuma empresa de transporte está realizando este serviço, apenas nos aeroportos, no entanto, a família Guerino que preza pelo bem estar se seus passageiros e sempre mantém a tradição visionária e empreendedora para o conforto e segurança de todos, adotará a verificação da temperatura no embarque e desembarque de passageiros e caso apareça algum caso suspeito, seremos os primeiros a informar a secretaria para as devidas providências“, concluiu.

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