Forró também foi considerado ‘supergênero’ por agrupar vários ritmos, como o baião, o xote e o xaxado.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) decidiu, nesta quinta-feira (9), declarar o forró como patrimônio imaterial brasileiro por unanimidade. A definição ocorreu em reunião extraordinária do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural da entidade, o qual também considerou a expressão musical como supergênero. O processo foi aberto em 2011.

Em 2019, o Iphan iniciou uma pesquisa nos nove estados do Nordeste, além do Distrito Federal, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo para entender e identificar como se expressa o supergênero musical nesses locais, com a identificação de festivais sobre a expressão musical.

De acordo com o órgão, o forró é considerado um supergênero por agrupar ritmos e expressões musicais como o baião, o xote, o xaxado, o chamego, o miudinho, a quadrilha e o arrasta-pé.

“Manifesto-me plenamente favorável ao registro pelo Iphan das matrizes tradicionais do forró, munidas das formas de expressão com abrangência nacional”, afirmou a relatora do processo na entidade, Maria Cecília Londres Fonseca.


Forró é declarado Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan

A presidente do Iphan, Larissa Peixoto, lembra que outros gêneros tradicionais do cancioneiro nordestino também já foram reconhecidos, como a ciranda e o repente. “Esse bem cultural (forró) é o 52º bem registrado no país, dispensa apresentações, está em incontáveis eventos  e festivais por todo o Brasil, em especial nos festejos juninos, gerando renda, empregos diretos e indiretos, além do sentimento muito forte de pertencimento”, declara Larissa.  

O reconhecimento do forró como patrimônio imaterial do Brasil acontece a apenas quatro dias do Dia do Forró, celebrado anualmente no dia 13 de dezembro, dia do nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Gonzagão nasceu em 13 de dezembro de 1912.

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