Já está em vigor desde a última quarta-feira (4) a operação Sufoco, que vai integrar as polícias Militar e Civil e a Guarda Civil nos municípios onde houver ( não é o caso de Marília). A ação visa combater a criminalidade e melhorar a sensação de segurança da população.

A operação sufoco, segundo o comando da Policia Militar, vai dobrar o número de policiais nas ruas e vai ser levada para a região metropolitana e interior de São Paulo para combater a criminalidade. O aumento no efetivo das ruas será possibilitado por uma ampliação na quantidade das vagas em programas que permitem que policiais atuem em jornadas extras, ou seja, em seu horário de folga, por adesão.

Neste plano estarão incluídas as Diárias Especiais por Jornada Extraordinária de Trabalho para a Polícia Militar e a Polícia Civil (Dejem e Dejec, respectivamente), e a Atividade Delegada, realizada em parceria com a Prefeitura de São Paulo e dos municípios envolvidos.

Serão 4.740 policiais adicionais em jornadas extras, o que permitirá dobrar o número de policiais nas ruas, ou seja; quase 10 mil policiais. O contingente aumentado vai permitir a utilização de 1.500 viaturas a mais nas ruas, sendo 500 para pronta-resposta às demandas da população. Haverá também o uso de cinco helicópteros da Polícia Militar e um da Polícia Civil. Isto somente na capital paulista. Para o interior será adotada estratégias de ação de acordo com a realidade da cidade e os números da violência.

O investimento mensal será de R$ 41,8 milhões no pagamento das jornadas extras dos policiais e na utilização das viaturas e das aeronaves, sendo que cerca de R$ 30 milhões serão arcados pelo Governo do Estado e o restante pela Prefeitura.

Tanto a Dejem como a Dejec correspondem a uma diária de oito horas contínuas de atividade policial, com um limite máximo de dez diárias mensais para cada profissional e pagamento realizado pelo Estado. O mesmo sistema ocorre com a Atividade Delegada, que existe desde 2009 na Capital e tem o pagamento efetuado pelas Prefeituras.

Operação Sufoco

Além do reforço no efetivo, a cidade contará com a operação Sufoco, que será focada em combater a criminalidade em toda a cidade, em especial nas avenidas marginais, corredores de trânsito, áreas com maior incidência de ocorrências e pontos de desordens. Quinhentos pontos na Capital serão alvo da operação, tornando a polícia mais visível e presente no cotidiano da cidade. A Operação Sufoco será realizada em todo o Estado, portanto incluindo Marília e região.

De acordo com o Palácio dos Bandeirantes, o número de policiais e viaturas nas ruas vai, praticamente, dobrar; abordagens e barreiras policiais também vão ser intensificadas. A questão é que, para isso, a PM não vai fazer contratações específicas: os policiais de todo o estado vão participar, de forma voluntária, trabalhando nas horas de folga e recebendo horas extras.  

Em entrevista exclusiva à BandNews FM, Álvaro Camilo disse que isso não significa que os PMs serão sobrecarregados: “essa operação é feita em cima das horas adicionais, respeitando seu descanso. É bem regrado, para não prejudicar o policial e o policiamento”. 

Ele também garantiu que as abordagens aos motociclistas não serão truculentas: “os policiais estão sendo orientados para isso. E aquele que não for, (haverá) o rigor da lei”.  

Ex-secretário Nacional de Segurança e consultor em segurança pública, o Coronel José Vicente da Silva avalia que a ação do Governo de São Paulo é a “ação possível” e, mesmo que as abordagens não resultem em grandes prisões, o simples fato de haver mais policiais na rua pode inibir a prática de crimes: “há dois efeitos interessantes: primeiro, intimidar os criminosos. E, ao mesmo tempo, esse aparato ostensivo ajuda a melhorar a sensação de medo da população”.  

Falsos entregadores de delivery

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A Secretaria de Segurança Pública definiu, em conjunto com empresas de entrega por aplicativo, um sistema de fiscalização dos entregadores. Haverá troca de informações dos bancos de dados das empresas de aplicativos com o Detecta, sistema de monitoramento inteligente do Governo do Estado composto pelo monitoramento de câmeras combinado com o maior banco de dados de informações policiais da América Latina.

Também foi definida a continuação das abordagens e das ações educativas. As medidas anunciadas se somam a outras que têm por finalidade combater toda modalidade criminosa, com um olhar atento aos crimes patrimoniais e os cometidos por falsos entregadores de delivery. Uma delas é a Operação Capital Mais Segura, iniciada no dia 21 de março, com a integração da PM, PC e GCM, e que já foi responsável pela apreensão de 45 veículos e a detenção de cem pessoas.

O Estado de São Paulo tem cerca de 83 mil policiais e, aproximadamente, 23 mil deles atuam na capital paulista. Em Marília segundo o ultimo contato mantido com o comando do batalhão, o número era compatível com o número de habitantes, mas, por questões estratégicas e técnicas o mesmo não divulgou o contingente de momento.  

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL COM INFORMAÇÕES DA ASSESSORIA DE IMPRENSA E COMUNICAÇÃO DA SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA.

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