Os 94 deputados estaduais eleitos em 2022 para a Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP) tomam posse nesta quarta-feira (15). A Casa terá 41,4% de renovação, considerando os 32 parlamentares estreantes e os sete que retornam ao Parlamento, mas que não estavam na legislatura anterior. Ao todo, são 94 cadeiras.

O Pl (Partido Liberal), do ex-presidente Jair Bolsonaro e da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), possui a maior bancada, com 19 parlamentares.

O PT (Partido dos Trabalhadores), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do candidato derrotado ao governo estadual Fernando Haddad, atual ministro da Fazenda, tem 18 deputados. O PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) tem nove representantes. Já o partido Republicanos, de Tarcísio, conquistou oito. Mesmo número do União Brasil.

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) conta com cinco parlamentares. O MDB (Movimento Democrático Brasileiro), o PSD (Partido Social Democrático e o Podemos, têm quatro cada. O Progressistas e o PSB (Partido Socialista Brasileiro), três.

O Cidadania e o PSC (Partido Social Cristão), dois cada. Solidariedade, Novos, Rede, Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e PDT (Partido Democrático Trabalhista) tem um cada.

O deputado estadual André do Prado (PL) foi eleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) com 89 votos favoráveis e 5 contrários. A disputa ocorreu nesta quarta-feira, 15, depois da cerimônia de posse dos parlamentares eleitos no último pleito. Apesar da divergência de siglas, o PT orientou sua bancada a votar em Prado graças a um acordo com o PL.

Com o acordo feito entre os dois partidos, o PT assume a 1ª Secretaria da Mesa Diretora. O cargo ficará com o deputado Teonilio Barba (PT), essa é a primeira vez em 28 anos que a cadeira não é ocupada por um parlamentar do PSDB. O Psol foi o único partido a votar de maneira totalmente contrária. O deputado Carlos Gianazzi (Psol) foi o escolhido.

“Na casa de todos os paulistas, o diálogo e o equilíbrio são fundamentais para o bom funcionamento dos nossos trabalhos. Todos têm o direito de se manifestar e defender seu ponto de vista, mas as diferenças políticas devem ser respeitadas e as regras do nosso regimento cumpridas. Os excessos serão coibidos”, disse Prado em seu discurso de vitória.

Cerimônia de posse na Alesp

A cerimônia de posse iniciou-se às 15h e durou cerca uma hora. Além dos novos parlamentares — cerca de um terço da casa —, o Plenário recebeu autoridades públicas, familiares e amigos dos empossados.

A sessão solene foi aberta e presidida por Carlão Pignatari (PSDB), que esteve à frente da Alesp nos últimos dois anos. Pignatari foi eleito novamente deputado estadual. Em seu discurso, o ex-presidente da Casa agradeceu a parceria dos parlamentares nos últimos dois anos. “Conduzimos com a maior tranquilidade a Assembleia Legislativa de São Paulo. Então, quero agradecer a todos”, declarou.

O 1º secretário Teonílio Barba foi eleito para o novo cargo por aclamação do Plenário. Barba saudou todos os presentes e firmou seu compromisso com respeito às diferentes visões presentes na nova composição da Casa. “Nós temos o compromisso com o debate, para que a gente retome a autonomia e a independência legislativa desta Casa. E isso não impede que quem é da base mantenha a defesa do seu governo. Nós da oposição faremos uma oposição responsável, mas com muita firmeza”, disse.

Já o deputado Rogério Nogueira chega para seu segundo biênio integrando a Mesa Diretora da Alesp. O parlamentar ocupou a segunda-secretaria entre os anos de 2021 e 2023 e foi reeleito com votação simbólica do Plenário. “Todos vocês [parlamentares] têm o direito de nos cobrar, tanto nós da segunda-secretaria, quanto a primeira e a presidência. Quero continuar trabalhando para todos desta Casa legislativa”, afirmou o parlamentar.

Mesa substituta

Durante a sessão, a nova legislatura da Alesp elegeu também o deputado Gilmaci Santos (Republicanos) como 1º vice-presidente; o deputado Milton Leite Filho (União) para 2º vice-presidente, o deputado Helinho Zanata (PSC) como 3º vice-presidente e o deputado Rafael Silva (PSD) para a 4ª vice-presidência. Os deputados Léo Oliveira (MDB) e Gil Diniz (PL) ocuparão, respectivamente, as 3ª e 4ª secretarias.

Presidente

André do Prado, 53, nasceu em Guararema, na Região Metropolitana de São Paulo sendo formado em Análise de Sistemas pela Universidade de Mogi das Cruzes. Começou sua carreira política em 1992, quando aos 23 anos foi eleito vereador de Guararema, cargo em que permaneceu por dois mandatos, até o ano de 2000.

Do Prado foi vice-prefeito de Guararema entre 2000 e 2004, período em que comandou também a Secretaria de Saúde do município. No último ano de seu mandato como vice-prefeito, se candidatou à prefeitura de Guararema e conquistou o cargo em que esteve à frente até o ano de 2008.

André do Prado foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2010 e chega este ano ao seu quarto mandato na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Secretários

Teonilio Barba, 64, é diretor licenciado do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, lugar onde começou sua movimentação política. Nascido em Água Boa, munícipio do interior de Minas Gerais, Barba está em São Paulo há mais de 50 anos.

O parlamentar foi eleito para seu primeiro mandato como deputado estadual em 2014 e, desde então, esteve presente em todas as legislaturas seguintes. Este é o terceiro mandato de Barba.

Já o deputado Rogério Nogueira, 53, chegou este ano ao seu sexto mandato na Assembleia Legislativa de São Paulo. Natural de Indaiatuba, no interior do Estado, Nogueira entrou na vida pública por meio do motocross – esporte que lhe rendeu 10 campeonatos paulistas e oito campeonatos brasileiros na modalidade.

O parlamentar foi eleito a primeira vez como deputado estadual em 2002 e, assim como seu colega de secretaria, figura no quadro de parlamentares desde então.

OS MARILIENSES: Vinicius Camarinha e Dani Alonso não conquistaram cargos na nova composição e assumem com grandes desafios.

Os marilienses Vinicius Camarinha, filho do ex prefeito e deputado Abelardo Camarinha, reeleito para o seu quinto mandato e Dani Alonso, filha do prefeito Daniel Alonso, eleita pela primeira vez, sendo a primeira mulher eleita pela primeira vez na história, não conquistaram cargos de representatividade na nova mesa diretiva e poderão no máximo compor alguma comissão dentro da nova legislatura.

Parece coincidência, mas ambos são herdeiros de patrimônios políticos, sendo o primeiro com um histórico de algumas conquistas, mas o segundo está sendo marcado por inúmeras promessas não cumpridas, principalmente na área da saúde, da limpeza pública, transporte coletivo e com os servidores municipais. Para piorar, será sempre lembrado pela terceirização do maior patrimônio da cidade, o DAEM.

DE OLHO EM 2024: Desempenho dos dois poderá influenciar no novo processo eleitoral e decepção poderá abrir espaço para um novo nome na esfera política.

Como se não bastasse, o eleitor está cansado de promessas vazias, e os recém-eleitos terão a frente a dura missão de nos próximos dois anos, justificarem os votos recebidos e mostrar para que vieram, afinal, o desempenho dos mesmos poderá influenciar em muito o resultado das eleições em 2024. Nos dois últimos anos, não adiante correr atrás do prejuízo.

Em caso de rendimento abaixo do esperado, uma via alternativa de candidatura começa a ser desenhada e que sem dúvida nenhuma irá trabalhar em cheio com os eleitores descontentes e revoltados. Segundo informações extra oficiais, o empresário Jean Patrick Garcia Baleche, 35 anos e proprietário da Holding Hadassa, um conglomerado de 21 empresas, estaria sendo assediado como nova cartada para mudar os destinos políticos da cidade, rompendo com a tradicional politicalha das últimas décadas.

Nossa reportagem manteve um contato com o empresário, popularmente conhecido com “Garcia do Povo” para confirmar a informação, onde o mesmo foi categórico em afirmar; “Tudo é na vontade de Deus. Se for da vontade Dele e haver um clamor e união para que isto ocorra, eu não tenho medo de desafios. A minha vida sempre foi feita de desafios, e digo mais, EU VENCI TODOS”, concluiu.

Confira abaixo alguma das pendências e desafios dos novos representantes de Marília na ALESP ;

  • Construção da AME + (diferente das duas AMES já existentes na cidade)
  • Conquista de uma unidade do BAEP
  • Construção de casas para população de baixa renda
  • Retorno do Batalhão da polícia militar para a cidade com o aumento no efetivo
  • Construção de um heliporto para uma unidade águia da polícia militar no município
  • Estadualização da FAMEMA de fato, transferindo-a para uma universidade do estado
  • Reutilização dos prédios abandonados da cidade como Cefam e antiga Central de Polícia
  • Parceria efetiva com o governo do estado para a implantação de investimentos em geração de emprego e renda
  • Parceria para remodelação ou transferência da linha férrea que cruza a área urbana da cidade e que voltará com o fluxo de trens a partir de 2024, comprometendo o trânsito da cidade.
  • Desenvolvimento de um novo modelo de política de assistência a saúde ao nível regional, principalmente no que diz respeito a central de regulação de vagas. Caso específico de UTI infantil (neo natal).

Como diz o ditado; “Acender a churrasqueira é fácil, o duro é manter a chama acesa”. Em outras palavras; ganhar o voto do eleitor com belos discursos, marketing de imagem e muito dinheiro na campanha foi fácil, o duro agora é dar sustentação ao cargo. Reitero, que o eleitor de hoje, já não é o mesmo de 10 anos atrás. “ELE APANHA A PRIMEIRA, MAS PODE TER A CERTEZA, APRENDE A LIÇÃO E NÃO REPETE O ERRO NA SEGUNDA”.

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