BFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pesquisa AtlasIntel revelou que menos de 20% dos entrevistados acreditam que os atos de 8 de janeiro foram, de fato, uma tentativa de golpe de Estado. Os dados evidenciam o descrédito do discurso reproduzido pelo Judiciário, junto ao governo Lula e seus aliados, patrocinado pela grande mídia, diante da interpretação da sociedade brasileira.

A narrativa sustentada pelo Judiciário vai além de palavras, pois o Supremo Tribunal Federal (STF) já condenou 30 pessoas pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e de golpe de Estado.

O levantamento foi realizado por meio de questionários virtuais, quando foram computadas as opiniões de 1,2 mil pessoas selecionadas aleatoriamente entre os dias 7 e 8 de janeiro. A margem de erro é de três pontos percentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

O estudo questionou os participantes sobre “qual foi a principal razão dos manifestantes que ocuparam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o STF”. A duas opções mais assinaladas foram fanatismo político/polarização (34%) e fraude eleitoral (21%). Somente 18,8% acreditam em tentativa de golpe, e 2,4% atribuem os atos a patriotismo.

Em se tratando de uma possível ameaça para a democracia brasileira, 15,9% acreditam que não houve risco, enquanto 27,7% acham que o risco não foi tão alto, e para 43,3% dos entrevistados, a democracia “correu grande risco”.

PARA 38,2%, LULA NÃO OBTEVE MAIS VOTOS QUE BOLSONARO

A pesquisa também perguntou se “Lula venceu de fato a eleição (ganhou mais votos que o Bolsonaro)?”.

Mesmo com 56,8% dos participantes confiantes na lisura dos resultados, o que chama a atenção é o expressivo número de entrevistados que não acredita que Lula tenha obtido mais votos que Jair Bolsonaro, totalizando 38,2%. Cinco por centro não souberam opinar.

NO DIA 8: Enquanto Lula realizava ato, Michelle Bolsonaro homenageava Clezão: “Patriota”

A ex-primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, fez uma homenagem nesta segunda-feira (8) a Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que faleceu no dia 20 de novembro após sofrer um mal súbito no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília (DF).

Clezão é um dos milhares de patriotas que foram presos após a manifestação do dia 8 de janeiro de 2023 que terminou em atos de destruição do patrimônio público, com as sedes dos Três Poderes vandalizadas.

No stories do Instagram, Michelle publicou uma imagem do homem de 46 anos, juntamente com as datas de nascimento e morte do mesmo, com a expressão: “Patriota Clezão”.

Cleriston da Cunha nasceu em Ramalho, na Bahia, mas morava em Brasília, onde era empresário. Ele sofria de vários problemas de saúde, como diabetes e hipertensão, e tomava remédios controlados.

Por causa de seu quadro clínico, os advogados de Clezão solicitaram em maio de 2023 a soltura dele e a Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu um parecer favorável, recomendando a liberdade provisória por conta de suas comorbidades. Porém, o pedido jamais foi analisado pelo responsável pelo processo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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