“Hoje eu vou matar ou morrer”. Esta foi a frase que o empresário teria dito um pouco antes de balear os dois policiais que foram acionados pelos vizinhos assustados com os tiros oriundos de sua residência durante a madrugada da última quinta feira ( 30 ).

O resultado não poderia ter sido outro, a Justiça converteu, no final da tarde de ontem sexta-feira (1º), a prisão em flagrante, que era um pedido feito inicialmente pela Defensoria Pública, para preventiva do autor dos disparos, o empresário do setor da alimentação Francis Vinícius Bez Angonesse, de 31 anos, na rua Monteiro Lobato, Jardim São Geraldo, região central de Marília.

Segundo sua defesa, Francis permanece internado no HC ( Hospital das Clínicas), mas, sem previsão de alta. Com informações mais detalhadas, conseguirmos apurar que o empresário está intubado, mas consegue reagir a estímulos verbais, demonstrando estar em consciência. Os outros dois policiais feridos já receberam alta hospitalar e estão em recuperação em suas respectivas residências.

O advogado de defesa Ricardo Carrijo Nunes irá recorrer da decisão e explicou que na segunda-feira (4) será feita análise sobre novo pedido de liberdade. “Houve análise de um pedido feito pela própria Defensoria Pública. A gente juntou procuração nos autos e foi atrás de alguns documentos para fazer um pedido de liberdade que vai ser analisado na segunda-feira (4). Juntamos laudos psiquiátricos e psicológicos do Francis e será reanalisado o pedido de liberdade provisória dele ou alguma cautelar que ele possa cumprir em hospital psiquiátrico e não em penitenciária”, declarou.

O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA publicou a nota oficial, emitida pela Polícia Militar relatando que o homem teria sofrido um aparente surto psicótico. Por outro lado, a Polícia Civil informou que o acusado estava mentalmente confuso, após ingerir medicamento controlado e bebida alcoólica juntos. Fato é que, acabou ocorrendo o confronto onde, por pouco não houve o registro de vítimas fatais.

Os detalhes do tiroteio que levou pânico na área central da cidade.

Segundo o histórico detalhado dos fatos, quando os policiais chegaram, a mãe do empresário teria aberto a cortina assim que tocaram o interfone. Neste momento, a equipe conseguiu avistar que o empresário segurava uma escopeta calibre 32. De forma preventiva, os militares se esconderam atrás de postes e árvores próximas.

Na sequência, mesmo assim, Francis que é atirador profissional teria disparado com a arma longa de dentro da garagem da casa e retornado para dentro do imóvel, junto com sua mãe. Os policiais teriam orientado, do lado de fora, que a mulher pedisse para seu filho sair com as mãos para cima e entregar a arma, mas, infelizmente o mesmo não atendeu.

Dentro do procedimento padrão de tentar de forma conciliadora apaziguar os ânimos, os militares relataram que só queriam “conversar”, mas o empresário demonstrando estar totalmente descontrolado, teria saído mais uma vez do interior da residência, dessa vez com uma arma de pequeno porte e mira laser acoplada em punho. Foi neste instante que o mesmo teria dito que “mataria todo mundo” e o portão eletrônico foi destravado para que o mesmo iniciasse o tiroteio.

No ato seguinte, aos olhos daqueles que acompanhavam a distância e até registravam a cena com celulares, Francis saiu da moradia atirando na direção de dois policiais, que ficaram feridos. Outros dois militares, que estavam próximos, teriam utilizado um escudo balístico para interceptar o homem.

Ainda segundo consta, um dos policiais em ação na ocorrência chegou a disparar na direção do empresário. Outro militar em defesa de seus companheiros acabou por efetuar mais seis tiros, do outro lado da rua, com o claro objetivo de deter o acusado, que ferido, acabou caindo ao chão, sendo rapidamente algemado.

Conforme publicamos aqui, foram aprendidas uma pistola nove milímetros, da marca STI, uma escopeta calibre 32, e posteriormente localizada outra pistola 380 da marca Glock no imóvel, além de materiais como pólvora e munição. Também foram localizados carregadores, espoletas e artefatos explosivos. Francis, segundo a nota oficial da Polícia Militar, é atirador profissional e portanto todo o material estava legalizado.

DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL

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