Secretário da Educação do governo Tarcísio de Freitas chama aula de “grande TV” e aposta em conteúdo digital para o ensino paulista

O governo do estado de São Paulo não vai utilizar os livros didáticos fornecidos pelo MEC (Ministério da Educação) para as aulas da rede estadual de ensino infantil, fundamental e médio no próximo ano. A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) optou por não receber o material enviado pelo governo federal através do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD). No lugar, pretende utilizar conteúdo próprio e digital.

Para que os materiais do PNLD sejam enviados, as secretarias estaduais de Educação precisam informar ao MEC se tem interesse nos livros do catálogo. Cada estado pode escolher se vai ou não aderir ao programa. No caso de São Paulo, a pasta comandada pelo secretário Renato Feder optou por receber apenas obras literárias e materiais voltados para os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos).

A secretaria quer suspender o uso de livros impressos na rede para os anos finais do Fundamental e o Ensino Médio, substituindo os materiais didáticos por conteúdos digitais. Para os alunos de anos iniciais, o material digital terá o suporte físico, segundo a pasta.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Feder disse que o conteúdo digital terá elementos diferenciados para o aprendizado, como imagens 3D e jogos, e disse que a aula será uma “grande TV”.

“A aula é uma grande TV, que passa os slides em Power Point, alunos com papel e caneta, anotando e fazendo exercícios. O livro tradicional, ele sai”, disse o secretário ao jornal.

Além de São Paulo, apenas o estado do Mato Grosso não aderiu ao PNLD.

Essa é a segunda grande mudança anunciada pelo governo Tarcísio na educação paulista. Na semana passada, a gestão divulgou que diminuirá de 12 para três o número de itinerários disponíveis para os estudantes no Ensino Médio.

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