Os advogados Cezar Roberto e Jair Alves, que fazem a defesa do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmaram por meio de nota nesta quinta-feira (21) não confirmaram informações de veículos de imprensa nacional de que Mauro Cid, em delação, teria afirmado que Bolsonaro se reuniu com a cúpula do Exército para planejar um golpe militar.

Em nota, os advogados disseram que não tiveram conhecimento dos depoimentos feitos por Mauro Cid e que eles são sigilosos.

“A defesa constituída de Mauro César Barbosa Cid, em razão das matérias citadas na imprensa através da UOL e O Globo e demais veículos acerca de “possíveis reuniões com a cúpula militar para avaliar golpe no país”, vem a público informar que não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa razão não confirma o seu conteúdo”, informaram os advogados.

Conforme publicado por portais nacionais, Mauro Cid teria dito que o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar.

Se tivesse sido colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil. A informação chegou à atual chefia das Forças Armadas, como um dos fatos narrados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

‘Bolsonaro sempre jogou dentro das quatro linhas’, diz defesa sobre delação de Cid

Foto Lula Marques/ Agência Brasil.

Na tarde desta quinta-feira (21), a defesa de Bolsonaro divulgou uma nota negando que o ex-presidente da República teria se reunido com membros das Forças Armadas para discutir um golpe militar.

Desde manhã, vem sendo reportado que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, disse à PF em delação premiada que o ex-presidente se reuniu com os militares para discutir um plano de golpe.

CONFIRA A NOTA DA DEFESA DE BOLSONARO:

“A defesa do Presidente Jair Bolsonaro, diante das notícias veiculadas pela mídia na data de hoje sobre o suposto conteúdo de uma colaboração premiada, esclarece que:

1. Durante todo o seu governo jamais compactuou com qualquer movimento ou projeto que não tivesse respaldo em lei, ou seja, sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição Federal;

2. Jamais tomou qualquer atitude que afrontasse os limites e garantias estabelecidas pela Constituição e, via de efeito, o Estado Democrático de Direito.

3. Reitera que adotará as medidas judiciais cabíveis contra toda e qualquer manifestação caluniosa, que porventura extrapolem o conteúdo de uma colaboração que corre em segredo de Justiça. e que a defesa sequer ainda teve acesso”.

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