No Brasil, a estimativa é que mais de 25 milhões de homens com mais de 18 anos tenham algum grau de impotência, mas as estimativas são subnotificadas, pois muitos homens têm vergonha de procurar ajuda.

Destes, pelo menos 11,3 milhões apresentam o problema em nível moderado e severo. Além disso, mais de 1 milhão de novos casos surgem a cada ano, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Menos de 25% deles conseguem vencer o constrangimento e consultar uma sexóloga.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a disfunção sexual como um problema de saúde pública devido às significativas alterações e perdas que pode causar na qualidade de vida (WHO, 2002).

Uma disfunção sexual não tratada pode prejudicar o relacionamento, inclusive interferindo no interesse e no desempenho da parceira. Ela pode começar a sentir falta de desejo sexual, problemas na excitação ou dificuldades em vivenciar o orgasmo. Os casais em que o homem tem disfunção erétil tem mais problemas relacionais e a mulher apresenta insatisfação sexual.

O que é disfunção sexual?

Disfunção sexual é um termo genérico usado para designar dificuldades e/ou prejuízos percebidos por uma pessoa em relação à sua vida sexual, ou suas atividades sexuais. Podem trazer intenso desconforto e sofrimento, além de alterar a capacidade de resposta e/ou prazer sexual, dificultando a experiência individual com a própria sexualidade.

Ela pode se manifestar desde o início da vida sexual ou começar depois de um período de função sexual relativamente normal, independente da idade.

Quais são as disfunções mais comuns entre os homens?

1 – Disfunção erétil

Também conhecida como impotência sexual, a disfunção erétil é a incapacidade persistente do homem em obter ou de manter uma ereção (rigidez peniana) para penetração durante o ato sexual.

2 – Ejaculação precoce

Geralmente o tempo para ejaculação vai de 7 a 14 minutos. Já a ejaculação precoce acaba ocorrendo muito cedo, por volta de 1 minuto, ou mesmo antes da penetração.

3 – Falta de libido / desejo sexual

Tecnicamente chamado de Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo, apresenta como sintomas a ausência de pensamentos e fantasias sexuais, evitação de situações que poderiam resultar numa relação, desinteresse pelo contato íntimo, falta de ereção e dificuldade para manter a ereção durante a relação. Pode surgir em qualquer idade e mesmo após períodos de vida sexual saudável.

Quais são as causas das disfunções sexuais?

Raramente as disfunções sexuais tem uma única causa, na realidade é um conjunto de fatores: biológicos, socioculturais e psicológicos. É claro que as causas biológicas devem ser descartadas primeiro por uma consulta médica.

Embora as causas orgânicas (biológicas) sejam as mais investigadas, a realidade é que a vida sexual na totalidade é diretamente afetada pelas relações afetivas e interpessoais que temos no nosso dia a dia. Nesse sentido, relacionamentos conflituosos, disfuncionais, abusivos ou controladores, podem desencadear uma disfunção sexual. Depressão, ansiedade, uso de medicamentos controlados e álcool também são fatores de risco. Essas causas são mais frequentes do que você possa imaginar.

Pandemia e disfunções sexuais

A pandemia da COVID-19 ainda vem afetando a saúde em geral, com enorme comprometimento da saúde mental, o que impacta indiretamente na saúde sexual. O aumento do estresse, da ansiedade, da depressão e até mesmo dos sintomas relativos ao estresse pós-traumático causado pela pandemia pode estar contribuindo para o desencadeamento de problemas sexuais e agravando quadros anteriores.

Segundo o estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), os brasileiros têm apresentado mais sintomas de ansiedade e estresse, desde março de 2020. Conforme a pesquisa, os casos de depressão cresceram 90% durante a pandemia. E tais doenças são as causas mais comuns da disfunção erétil e da ejaculação precoce.

No que diz respeito à sexualidade e atividade sexual, a pandemia deixa as pessoas com menos autoconfiança, fazendo com que elas não se sintam bem consigo mesmas ou atraentes para suas respectivas parcerias.

O que piora muito esse quadro é que falar sobre sexo e discutir a sexualidade ainda seja um tabu em nossa sociedade, impedindo, em muitos casos, que se busque amparo, informação nos locais adequados ou mesmo um acompanhamento profissional.

Muitos ainda recorrem a tratamentos por conta própria, adquiridos das mais diversas fontes e utilizados sem qualquer orientação profissional qualificada.

Ainda não é possível estabelecer com exatidão os possíveis problemas e influência da pandemia da covid-19 na população na totalidade; no entanto, tendo em vista os estudos preliminares aqui citados sobre aumento de ansiedade, depressão causados pelo vírus, assim como o seu impacto na interação social, uma hipótese bastante razoável aponta para um aumento substancial na incidência desta disfunção sexual entre homens com vida sexual ativa e que não haviam relatado esse tipo de problema anteriormente.

A maioria dos médicos sugere recorrer a medicamentos para tratar alguma disfunção sexual, sem examinar detidamente como é a rotina do paciente. No entanto, através da terapia sexual, a mudança de hábitos e do modo como a pessoa se vê podem exercer um impacto muito positivo na sexualidade. Se a baixa autoestima pode causar disfunção sexual, a simples indicação de um medicamento pode não ter efeito nenhum.

Como é o tratamento da disfunção sexual?

Em primeiro lugar é imprescindível procurar um médico para eliminar qualquer causa orgânica. Feito isso, é hora de buscar a terapia sexual.

Para que o tratamento seja eficaz, e devolva qualidade de vida à pessoa, é preciso entender que não é vergonha ter sido acometido por alguma disfunção sexual. Isso é muito comum, porém as pessoas não falam.

O sucesso no tratamento depende principalmente do diagnóstico correto. Através de uma avaliação detalhada, analisando cada caso individualmente, é feito um levantamento do histórico sexual do paciente bem como das dificuldades enfrentadas. Somente então serão propostos exercícios, atividades diárias, adequações no estilo de vida e claro, educação sexual.

Sim, é possível tratar a disfunção sexual de origem emocional, de forma eficaz e sem o uso de medicamentos. O mais importante é compreender que o tratamento é um processo e a melhora não acontece muito rapidamente e dependem muito do comprometimento do paciente.

Não deixe que o medo, a vergonha e o preconceito interfiram na sua qualidade de vida. Procure uma sexóloga.

Fernanda Viana é Sexóloga, Educadora e Terapeuta Sexual. Bacharel em direito, hoje trabalha pelo direito ao prazer e relacionamentos saudáveis. É idealizadora da Loja Lov em Marília e realiza atendimento em seu consultório particular. @fernandavianasexologa

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