Apesar do período de pandemia que poderá se arrastar ainda por muito tempo e das muitas pendências existentes na cidade de Marília que deveriam ser tratadas como prioridade, foi publicada nesta sexta-feira (19) o edital de licitação para a construção da nova sede da Câmara Municipal da cidade, que pode custar até R$ 20 milhões de reais.

Cabe uma ressalva que, o imóvel será erguido na modalidade popularmente conhecido nos meios empresariais como “built to suit”. O prazo de construção é de 18 meses em um prédio que terá no mínimo 3 mil metros quadrados de área construída e deve contar com espaço para já ocupar 21 gabinetes vereadores e seus respectivos assessores, embora no no momento só conte com 13.

Ainda no programa consta um espaço para a TV Câmara, que hoje fica em uma locação própria, e outra novidade, o espaço para instalação da futura Rádio Câmara, que hoje ainda não existe, mas, já foi anunciada pelo presidente Marcos Rezende.  

Em um design e estrutura avançados com projeções futurísticas o prédio contaria ainda com mais de 100 vagas de estacionamento cobertas, além de manter certas características da sede atual, como os padrões do plenário, mas com mais espaço, para os nobres edis, galeria para convidados e um reservado para a imprensa em geral.

O terreno já está definido: uma ampla área no final da Rua Tomás Mascaro (em frente o Instituto dos Olhos de Marília). A área é de propriedade do Município, mas já foi cogitada para a construção da sede própria da policia federal na cidade que hoje, funciona na antiga Alpave. O Edital para interessados na construção ( Construtoras ) do prédio foi publicado no Diário Oficial do Município.

Em seu pronunciamento a imprensa, o presidente Marcos Rezende destacou; ” Esta modalidade “built to suit” ( “construído para servir”) vem sendo adotada em todo o país com maior frequência nas obras públicas, inclusive pelo Ministério Público e Tribunais de Justiça, e eu acredito que o novo prédio deverá estar pronto no próximo ano”, antecipou de forma otimista.

A construtora vencedora do certame vai elaborar um projeto e executá-lo conforme as orientações dos nobres edis. Após a conclusão da obra e posterior entrega, será pago o aluguel mensal durante 20 anos, de no máximo 1% do valor do prédio, ou seja; Mensalmente o Legislativo poderá ter que desembolsar até R$ 200 mil durante 240 meses.

Sem duvida nenhuma, um negócio da China, mas, que infelizmente os orientais perderam. Em uma rápida conta em sua calculadora é possível checar as cifras milionárias e, que sairiam bem mais em conta utilizando os recursos do próprio município, embora em outra ocasião, pois o momento não é o adequado para um obra necessária, mas, fora do contexto para a atual conjuntura econômica do país e da própria cidade.

Segundo informações divulgadas na coletiva de imprensa realizada nesta sexta feira, a abertura de propostas das empresas interessadas na licitação está marcada já para o dia 19 de março. Vencerá quem apresentar o menor valor de aluguel e conseguir se adequar às exigências feitas pelo poder público e já delineadas no edital.

A pergunta que se faz é : ” Qual o motivo da urgência na construção de uma mega obra desta em um momento tão crítico como este, e, que com certeza irá demorar alguns anos para a total recuperação ??”

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.