No dia 18 de junho comemora-se o Dia do Orgulho Autista. Entenda a condição que abrange desordens do desenvolvimento neurológico

O autismo ou Transtorno do Espectro Autista (TEA) abrange um grupo de desordens do desenvolvimento neurológico que causam comprometimentos das habilidades de comunicação e interação social. O TEA geralmente começa antes dos 3 anos de idade e dura a vida toda, mas a intervenção precoce desempenha um papel importante no tratamento e no progresso.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), o TEA é cerca de quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. Ele pode ser encontrado em todas as raças, etnias e grupos socioeconômicos.

A prevalência de TEA nos Estados Unidos é de uma para cada 54 crianças com 8 anos de idade, segundo relatório do CDC de 2020.

Os custos médicos para crianças com autismo são quatro a seis vezes maiores do que crianças sem autismo, mostra uma pesquisa publicada pela revista Journal of Autism and Developmental Disorders.

Diagnóstico

Não há teste médico definitivo para diagnosticar autismo. Em vez disso, o transtorno é comprovado observando o desenvolvimento da criança.

De acordo com o CDC, os sinais de autismo podem incluir déficits na comunicação e interação social em uma variedade de contextos, dificuldade de se engajar em conversas e ausência de interesse em formar amizades com colegas.

Vacinas e autismo

O debate se o Transtorno do Espectro Autista é causado por vacinas começou em 1998, quando a revista médica The Lancet publicou um artigo, agora retratado pelo pesquisador Andrew Wakefield, relacionando a vacina MMR (ou “tríplice viral”) ao autismo.

A maioria dos coautores de Wakefield retirou seus nomes do estudo quando souberam que ele havia sido compensado por um escritório de advocacia que pretendia processar os fabricantes da vacina em questão. Em 2010, Wakefield perdeu sua licença médica. Em 2011, a revista retirou o artigo depois que uma investigação descobriu que autor principal alterou ou deturpou informações sobre as 12 crianças que serviram de base para a conclusão do estudo.

Outros cientistas não foram capazes de replicar as descobertas de Wakefield. Vários estudos subsequentes tentando reproduzir os resultados não encontraram nenhuma ligação entre vacinas e autismo, incluindo diversas revisões do Instituto de Medicina.

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