A noticia chegou como uma bomba, coincidentemente no final de tarde desta sexta feira, 13 de agosto. No fritar dos ovos, ou melhor no espalhar do vírus a informação não passa de UMA BOMBA DE EFEITO RETARDADO, ou seja; devido a falta de medidas preventivas mais eficazes já se esperado esta fatídica manchete.

Já há tempos, alias, desde abril do ano passado, O JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA vem alertando através de suas matérias, para medidas que poderiam ter sido adotadas para pelo menos diminuir o número de casos registrados, controlar os contaminados para inibir a proliferação e principalmente implantar barreiras sanitárias e fiscalizações nos ônibus de transporte coletivo.

Infelizmente nada disto foi realizado e o único veículo de comunicação a empunhar uma bandeira de ideias de combate baseadas em resultados positivos em outras cidades, acabou ainda sendo rotulado de oposição e, enquanto em todo o país os números regridem, a cidade de Marília continua a registrar casos, e o pior, óbitos.

O fato é que, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Marília através da Secretaria de Saúde informou que foi identificada em Marília nessa sexta-feira (13) a variante delta do coronavírus. Mais uma vez, a administração municipal transfere a responsabilidade para os munícipes e trabalhadores e acrescentou no informe o alerta para que toda a população reforce as medidas de proteção, como evitar aglomeração, uso de máscara e também higienização das mãos.  Mas e cadê a parte do município ??? Irá ficar somente no processo de vacinação ???

Ainda segundo a nota, tomando essas medidas no município, se poderá evitar a terceira onda, já que a capacidade de transmissão por essa variante é maior. A secretaria de Saúde destaca que se houver “um agravamento do quadro epidemiológico, que é o aumento do número de casos ou aumento da incidência, a Prefeitura terá que tomar medidas coletivas para a proteção de toda a população, o que impactaria na flexibilização das atividades”.

Por que a variante delta é tão perigosa

Os 180 mil mortos - Outras Palavras

Variante do coronavírus descoberta na Índia causa sintomas diferentes dos provocados por outras cepas, é significativamente mais contagiosa e aparentemente aumenta o risco de hospitalização.

A variante delta (B.1.617.2), detectada pela primeira vez na Índia, é muito mais infecciosa do que as variantes do coronavírus difundidas anteriormente.

Testes de laboratório sugerem que a variante, da linhagem B.1.617,  se multiplique mais no organismo, e estima-se que o risco de infectar membros da própria família seja 60% maior, de acordo com uma análise divulgada pela autoridade sanitária britânica Public Health England (PHE). Isto aumenta o risco para pessoas imunizadas apenas com a primeira dose da vacina contra o vírus.

“Suspeita-se que a variante delta se difunde mais rapidamente ou é transmitida mais facilmente que a variante alfa [inicialmente identificada no Reino Unido]”, disse a virologista Sandra Ciesek num podcast da emissora pública alemã NDR. “Ainda não está bem claro, mas teme-se, com base em dados preliminares da Inglaterra e da Escócia, que uma infecção pela variante delta também leve a um aumento do risco de hospitalização, ou seja, de internação hospitalar.”

De acordo com um estudo feito por pesquisadores escoceses e publicado na revista Lancet, uma infecção pela variante delta duplica o risco de hospitalização. 

Vacinas protegem contra a variante delta?

Foto simbólica de mutação de vírus

O estudo publicado na Lancet aponta ainda que as vacinas parecem ser um pouco menos eficazes contra a variante delta.

Segundo os pesquisadores escoceses, a vacina da Pfizer-Biontech tem até 79% de eficácia contra a variante delta, em comparação com 92% no caso da variante alfa. E a proteção da vacina AstraZeneca contra a delta é de 60% em comparação com 73% no caso da variante alfa.Volume 90% 

Já de acordo com uma análise da PHE, aqueles totalmente vacinados com os imunizantes da Pfizer-Biontech ou da AstraZeneca estão bem protegidos contra cursos severos da doença. A eficácia seria tão alta no para a variante delta quanto para a variante alfa. O risco de hospitalização foi reduzido em mais de 90% em comparação com pessoas não vacinadas.

Aqueles que receberam apenas uma dose de vacina estão significativamente menos protegidos. Especialmente com a vacina da AstraZeneca, que normalmente já protege bem após a primeira vacinação, o efeito protetor contra a variante delta foi visivelmente menor após a primeira dose, de acordo com a avaliação.

Quais são os sintomas da variante?

A variante delta também é considerada de alto risco porque aparentemente causa sintomas um pouco diferentes dos das variantes do coronavírus anteriormente conhecidas. As pessoas afetadas reclamam de dor de cabeça, nariz escorrendo e garganta dolorida.

Febre também está entre os sintomas, mas a perda do olfato e do paladar não, conforme relataram infectados a um aplicativo britânico que monitora os sintomas da covid-19. Isso significa que para alguns jovens a doença se manifesta como uma gripe mais forte, explicou Tim Spector, do King’s College de Londres.

Quão rápido a variante se espalha?

A variante delta se espalha muito rapidamente. Isso pode ser visto no Reino Unido, onde cerca de 58% dos adultos já receberam as duas doses de vacina necessárias para a proteção total.

“Atualmente é como se […] houvesse um aumento de cerca de 50% a cada semana”, disse Ciesek. “A incidência de sete dias no Reino Unido, que ainda estava abaixo de 20 no início de maio, aumentou novamente para mais de 70 novas infecções por 100 mil habitantes em sete dias. Por esta razão, o primeiro-ministro, Boris Johnson, adiou por quatro semanas o levantamento de todas as medidas de prevenção na Inglaterra, inicialmente planejado para 21 de junho.

De acordo com Karl Lauterbach, especialista em saúde do Partido Social-Democrata (SPD) da Alemanha, a sazonalidade da variante delta é muito mais pronunciada do que se supunha originalmente. Ou seja, o risco de infecção é muito menor no verão, disse, citando um estudo da Universidade de Oxford.

Embora uma coisa não tem nada a ver com a outra, pelo menos aparentemente, devido ao tema que já não mencionamos há algum tempo, fica no ar uma pergunta; ” MAS, AFINAL DE CONTAS, O QUE ACONTECEU COM A CPI DA COVID EM MARÍLIA QUE NÃO SE FALA MAIS NO ASSUNTO ?”

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