Considerado pela ONU como “Escravidão Moderna”, o tráfico humano é definido como a comercialização do outro ser humano através da exploração para obter algum tipo de vantagem. Atualmente, é o crime que mais cresce no mundo, perdendo apenas para o tráfico de armas e o tráfico de drogas.
Estima-se que no mundo existam cerca de 40 milhões de pessoas vivendo em situação análoga à escravidão, sendo que apenas 1% são resgatadas ou conseguem fugir. No Brasil estima-se que tenha 241 rotas de tráfico humano, sendo 110 rotas do tráfico interno e 131 rotas do tráfico internacional.
Segundo mapeamento as regiões norte e nordeste concentram o maior número de rotas no país. Dados mostram que as mulheres e meninas são as principais vítimas dessa rede criminosa, embora não exista um único perfil das vítimas do tráfico humano.
O que elas têm em comum, e que pode ser explorado pelo aliciador para aliciar suas vítimas, é aparentar uma vulnerabilidade, essa vulnerabilidade pode ser econômica ou emocional/psicológica. Um mito que deve ser desmentido é o de que todas as pessoas vítimas de tráfico humano estão presas acorrentadas em algum espaço escuro e insalubre, nem sempre isso representa a realidade, embora algumas encontrem-se nesta situação.
Parte das vítimas, transitam pelas ruas, vão ao supermercado, e podem até mesmo aparentar levar uma “vida normal”. A falta de reconhecimento da vítima de que ela é uma vítima, se deve ou pela negação ou pela falta de reconhecimento da sua condição de exploração.
Existem várias modalidades que podem ser identificadas como tráfico humano, sendo as mais comuns no Brasil; o tráfico humano para fins de exploração sexual e o trabalho forçado. Os cuidados devem ser redobrados dentro das redes sociais, aplicativos de idiomas e relacionamento.
Muitos aliciadores estão usando perfis fakes nestas redes sociais para aliciar adolescentes, jovens e mulheres. Nunca ofereça para desconhecidos seus dados pessoais, fale de sua rotina ou da sua família. A prevenção é uma das formas mais importantes no enfrentamento ao tráfico humano pois irá evitar que novas potenciais vítimas caiam na rede de aliciamento. Em caso de denúncias ou suspeita, ligue para os números 100 ou 180.
Swany Zenobini É Líder da Frente de Exploração Sexual de Mulheres, Crianças e Adolescentes do Projeto Líbertas e estará conosco, aqui no JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA sempre que possível para novas explanações, informações e comentários a respeito de tão nobre e necessária bandeira de luta.
