Insumo tradicional da comemoração de fim de ano, até a polêmica uva-passa, por exemplo, teve aumento de 85%
O Natal é uma das épocas do ano mais conhecidas pela fartura de alimentos. Contudo, com as altas recorrentes dos preços dos itens, a ceia deve ser mais cara em 2021. Um levantamento realizado pelo JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, com base em preços de seis supermercados de Marília, mostra que o custo com 10 produtos para a festividade deve ficar em média R$ 491,74.
Os moradores de Marília devem ficar atentos quando forem aos supermercados neste fim de ano. De acordo com um levantamento feito pela nossa redação em um árduo trabalho de pesquisa, a dona de casa terá muito trabalho na hora de preencher os espaços vazios do carrinho de compra.
A cidade de Marília, embora interiorana não foge da realidade dos grandes centros e capitais, como por exemplo em São Paulo, onde o Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola de Proteção de Defesa do Consumidor do Procon, constatou que a diferença de preço dos itens de Natal pode chegar a até 124,72% entre todos os produtos listados.
Além disso, se compararmos os preços das mercadorias comuns entre as pesquisas online deste ano com a de 2020, é possível observar um aumento médio de 17,11%. O Índice de Preços ao Consumidor IPC-SP da FIPE, referente ao período analisado, registrou variação de 9,98%.
Segundo a pesquisa, o azeite de Oliva Gallo Tipo Único (“garrafa” 500 ml) custava R$ 44,90 em um estabelecimento e R$ 19,98 em outro, diferença de R$ 24,92 em valor absoluto. Um dos itens mais consumidos na época de Natal, o panetone/chocotone teve a maior diferença: 38,63%. O panetone Gotas de Chocolate de 400g da Panco, por exemplo, foi encontrado a R$ 20,78 em um estabelecimento e a R$ 14,99 em outro.
Especialistas do Procon recomendam planejar o cardápio, listando os alimentos, bebidas e ingredientes para o preparo, pois isso ajudaria a evitar compras desnecessárias e por impulso. Eles orientam também que o consumidor faça uma comparação entre os preços praticados por diferentes estabelecimentos e considere a relação qualidade, peso e preço do item a ser adquirido, inclusive o preço do frete e prazo de entrega.
Na compra online, é importante ler todas as características dos produtos e, em caso de dúvidas, entrar em contato com o fornecedor antes de efetivar a compra. Compre somente em sites confiáveis e desconfie de ofertas muito generosas.
A coleta de preços foi realizada nos dias 29 e 30 de novembro e 1° de dezembro deste ano, de forma online, em seis sites e panfletos digitais dos seguintes supermercados: Confiança, Tauste, Amigão, Pão de Açucar, Preço Certo e Kawakami. Foram comparados os preços de 63 itens de diferentes marcas: azeites, bombons, lentilhas secas, conservas, farofas prontas, frutas em calda, panetones, chocotones e carne.
Preço dos produtos da ceia de Natal dispara nos supermercados
Em 2020, segundo a pesquisa feita pelo órgão, o peru congelado temperado era vendido a um preço mínimo de R$ 17,59. Esse ano, o mesmo produto pode ser encontrado a R$ 29,69 no mesmo supermercado. A azeitona verde inteira de 200 gramas passou de R$ 7,69 passou para R$ 10,99.
As frutas cristalizadas que saíam por R$ 11,99 – um pote de 1 kg – estão sendo vendidas por R$ 5,39, numa embalagem de 200 gramas. “O peru, o chester, todos esses aumentaram muito o valor comparado com o ano passado, assim como as frutas secas de uma forma geral”, disse o enfermeiro F.P.S, 47 anos.
Dólar alto, maior o preço, a própria inflação no país contamina outros produtos e faz com que as empresas aumentem os seus produtos, não necessariamente por serem importados. Esses fatores influenciam nesse aumento atípico que nós temos de preços em geral. E época de fim de ano tem aumentos naturalmente falando.
Em tempos de crise, retração econômica e ainda a pandemia com a chegada agora do Ômicrom, se percebe uma escassez do dinheiro no mercado. Nesta segunda feira (20 ), trabalhadores deverão receber a segunda parcela do décimo terceiro salário, injetando uma nova remessa de dinheiro no mercado. Esclarecendo que, colocar no mercado não significa ser no supermercado, pois, segundo pesquisas, o brasileiro está endividado, e sua maior preocupação será em pagar contas. Um dos piores natais dos últimos anos.
DIRETO DA REDAÇÃO
