Campeão brasileiro tem atuação soberana diante de mais de 50 mil torcedores no Mineirão e não dá chances para o Athletico-PR. Título será definido quarta-feira, em Curitiba. Pela primeira vez na história um time faz mais de três gols em uma final da competição, seja um jogo de ida ou um jogo de volta

Com a vitória de 4 a 0 sobre o Athletico-PR neste domingo (12), no Mineirão, o Atlético bateu mais dois recordes em 2021. Desta vez, na final da Copa do Brasil. Pela primeira vez na história um time faz mais de três gols em uma final da competição, seja um jogo de ida ou um jogo de volta.

Consequentemente, é a maior diferença conquistada em uma partida decisiva da competição, também levando em conta jogos ou de ida ou de volta. 

Até então, o Grêmio tinha vencido o próprio Galo em 2016, por 3 a 1, no jogo de ida da decisão de 2016, o mesmo Grêmio fez 3 a 1 contra o Corinthians na ida de 2001. O Cruzeiro também fez 3 a 1 no Flamengo, em 2003, mas no jogo da volta da decisão.

Além disso, ao longo da história do torneio, criado em 1989, outros oito placares de 2 a 0 foram registrados em jogos na final, seja na ida ou na volta

Primeiro tempo: Intenso, Atlético-MG abre 2 a 0

Em relação ao time-base que conquistou o título brasileiro, o Atlético-MG não teve o zagueiro Nathan Silva, que disputou a Copa do Brasil pelo Atlético-GO. E como Réver está lesionado, Igor Rabello foi o escolhido por Cuca para atuar. Já no Athletico-PR, Alberto Valentim escalou uma formação com três zagueiros. E a novidade da formação foi a presença do atacante Renato Kayzer, recuperado de lesão.

Com essas escalações, o Athletico-PR até finalizou mais vezes – 7 a 4 – nos 45 minutos iniciais, mas foi dominado pela equipe mineira, que só levou alguns sustos nos minutos finais, quase sempre neutralizando o trio ofensivo composto por Kayzer, Nikão e Terans.

Agressivo, o Atlético-MG marcou a saída de bola do adversário e buscou ditar as ações desde o começo da partida, a ponto de o adversário só ter conseguido passar do meio-campo com a posse de bola no sétimo minuto. Porém, o time mineiro sofreu um revés ao perder Diego Costa, por lesão, aos 12 minutos, após sofrer duas pancadas – a segunda delas, inclusive, rendeu um cartão amarelo ao capitão Thiago Heleno que, suspenso, desfalcará o Athletico-PR na finalíssima.

Ainda assim, o Atlético-MG não demorou a abrir o placar. Após cruzamento de Zaracho, a bola tocou no braço de Léo Cittadini. A arbitragem assinalou pênalti, que Hulk bateu forte e rasteiro, no canto esquerdo, aos 23 minutos, marcando pela sétima vez na Copa do Brasil.

Quando o Athletico-PR buscava sair para o jogo, sofreu o segundo gol, aos 34 minutos. Dessa vez, Keno foi acionado por Zaracho na intermediária, driblando Erick e Léo Citaddini antes de finalizar. A bola entrou no cantinho direito da meta defendida por Santos.

Só aí o Athletico-PR conseguiu atacar, contendo a intensidade do time mineiro. Teve boas chances em jogadas de bola parada, sendo a principal delas uma cobrança de falta de Terans, defendida por Everson, que assim assegurou o placar 2 a 0 para o Atlético-MG na saída para o intervalo.

Segundo tempo: Vargas sacramenta vitória e goleada atleticana

Com a vantagem, a etapa final se desenhava com o time mineiro mais cauteloso à espera do Athletico-PR. Mas o alto poder de marcação do Atlético-MG lhe garantia o controle da partida. E o terceiro gol veio após uma roubada de bola. Aos 11 minutos, Thiago Heleno saiu jogando errado, em cima de Hulk. Ele chutou cruzado, Santos não segurou a bola e Vargas empurrou para as redes.

Perdido em campo, o Athletico-PR não conseguia criar e era dominado pelo Atlético-MG que ameaçava nos contra-ataques. E praticamente definiu a decisão aos 23 minutos. Dessa vez, Hulk avançou livre, tabelou com Nacho e cruzou. Zaracho não finalizou, mas a bola sobrou para Vargas bater e marcar pela segunda vez na partida, fazendo 4 a 0.

Depois, o Atlético-MG praticamente só se preocupou em fazer o tempo passar. Não correu riscos, ainda desperdiçou oportunidades de marcar pela quinta vez, a principal delas já nos acréscimos, com uma cavadinha de Hulk.

O gol não saiu, mas não diminuiu a alegria da imensa maioria dos 53.381 torcedores que lotaram o Mineirão neste domingo e já soltaram o grito de bicampeão, comemorando o título do Brasileirão e adiantando a festa pela conquista da Copa do Brasil, que tem tudo para vir na próxima quarta-feira.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 4×0 ATHLETICO-PR

ATLÉTICO-MG – Éverson; Mariano, Igor Rabelo, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Tchê Tchê), Jair (Calebe) e Zaracho; Keno (Nacho Fernández), Diego Costa (Eduardo Vargas) e Hulk. Técnico: Cuca

ATHLETICO-PR – Santos; Pedro Henrique, Thiago Heleno e Nico Hernández (Pedro Rocha); Marcinho, Erick, Léo Cittadini (Fernando Canesin) e Abner (Nicolas); Nikão, David Terans (Jader) e Renato Kayser (Vinicius Mingotti). Técnico: Alberto Valentim.

GOLS – Hulk aos 23, Keno aos 34 do primeiro tempo; Vargas aos 10 e aos 23 do segundo tempo.

ÁRBITRO – Bruno Arleu de Araújo (RJ).

CARTÕES AMARELOS – Thiago Heleno, Nico Hernández, Hulk, Pedro Henrique, Guilherme Arana, Igor Rabelo.

PÚBLICO – 53.181 torcedores.

RENDA – R$ 8.325.723,05.

LOCAL – Mineirão, em Belo Horizonte (MG).

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