Neste final de semana (5 e 6 ) o assunto que viralizou nos grupos de WhatsApp envolvendo servidores públicos municipais da prefeitura de Marília não poderia ter sido outro; a chiadeira pelo aumento no vale alimentação dos servidores da Câmara municipal.

Em verdade, apenas para se cumprir a legislação municipal, a Mesa Diretora reajustou os valores do Vale Alimentação e do Auxílio Saúde dos servidores do Legislativo por atos publicados na ultima sexta feira (4) no DOMM ( Diário Oficial do Município de Marília ).

Em ambos os casos o critério adotado foi o mesmo, ou seja; o “maior índice inflacionário de 2021” registrado pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), e não mais a média, como ocorreu em 2021. O índice comum de aumento foi de 17,78%.

Com o reajuste, o Vale Alimentação dos servidores do poder legislativo passou de R$ 790,56 para R$ 932,00 e o Auxílio Saúde dos R$ 577,53 para R$ 681,00. Apenas como comparativo e alias, o que motivou a intensa troca de mensagens é que; Os servidores ativos, inativos, pensionistas e comissionados da prefeitura recebem R$ 420,00 no vale alimentação, que teve inclusive problemas recentemente e R$ 184,92 no auxilio saúde.

O grande embate e desafio passa a ser agora do Sindimmar ( Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marília ) que tem pela frente a difícil, porém não impossível missão de mostrar para que foi eleita. A nova diretoria assumiu com o discurso de combatividade e fortalecimento e para tanto, está realizando visitas e reuniões objetivando reconquistar associados e a confiança dos servidores.

Segundo fomos informados para o dissídio próximo, existe uma tentativa de agendar uma reunião com o prefeito para a apresentar a ele a reivindicação de 44% de reajuste e a equiparação do cartão alimentação. A proposta é ousada, mas, completamente fora dos planos da administração municipal, que afirma já ter concedido este ano o plano de carreira e o reajuste de 2%. Vale lembrar que estamos em ano político e o prazo está se esgotando.

O Sindimmar nos últimos anos sofreu muito com o desgaste provocado por escândalos em sua administração e insucesso nas conquistas para a categoria com um conformismo fora dos padrões de um sindicato que já fez história na cidade. Como consequência, o mesmo caiu em descrédito e houve uma debandada geral de associados. Se existe uma chance para se reerguer é justamente agora.

Se conseguirem pelo menos o que a maioria das prefeituras da região concedeu aos seus servidores na margem de 10 a 11% e a equiparação do vale alimentação, já será uma grande vitória e o ponta pé inicial para a ressureição entre os servidores e a sociedade em geral, caso contrário estarão fadados a mais um fracasso e uma decadência sem volta, apenas ocupando um espaço e recebendo a mensalidade.

Na verdade só discurso sobre direitos não fortalecem o sindicato, pois, o servidor já tem conhecimento das perdas e do que ele precisa. O que falta realmente é uma entidade que tenha poder de mobilização e articulação para a luta de classe. Se desprender do rótulo de peleguismo é o grande desafio para novamente unir uma categoria que soma mais de 5000 servidores com uma força política inquestionável, mas, que precisa ter um comando de pulso e confiança para as conquistas.  O desafio está lançado…..

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