O presidente da Câmara, Arthur Lira, assinou na última sexta-feira um ato na qual exonera cerca de 500 funcionários da casa.

O texto diz que “ficam exonerados ocupantes de cargos em comissão de natureza especial do quadro de pessoal da Câmara”, ressalvados os da estrutura originária dos gabinetes de lideres dos partidos, os de estrutura originária  das comissões permanentes, as gestantes e os que estiverem em férias.

O texto é assinado por Lira, mas por ser um ato da Mesa, também aparecem no documento os nomes de todos seus integrantes. A previsão é a de que os que se cerca de 460 funcionários se enquadrem nas condições do ato, segundo a assessoria de Lira.

“Precisamos dar um freio de arrumação. São muito cargos vinculados a um órgão da Câmara e lotados em outro e nós precisamos ter uma radiografia”, disse a CNN o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos. 

Na realidade, o ato é simplesmente para acomodar as indicações de partidos aliados. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), está promovendo uma “limpa” nos cargos comissionados ligados ao grupo político derrotado para posterior indicações de aliados.

Um ato da Mesa Diretora, assinado por Lira, determinou a exoneração de todos os ocupantes de cargos em comissão, de natureza especial. As exonerações passaram a valer a partir da última sexta-feira, 5, e devem ter atingido mais de 500 funcionários, segundo cálculos do grupo de Lira.

Em entrevista a imprensa, o atual presidente da Câmara negou que a exoneração em bloco seja um ato autoritário ou uma espécie de revanchismo contra o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Casa. “Ato da mesa normal em início de legislatura. O correto era que a Mesa anterior tivesse exonerado na saída os cargos de livre nomeação. Ato impessoal”, argumentou.

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