Rompido com a administração do prefeito Daniel Alonso desde 29 de novembro de 2018, o vice prefeito Antonio Augusto Ambrósio ( TATO ), concedeu uma entrevista exclusiva ao JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA contestando a maneira como foi apresentada o programa REMÉDIO EM CASA, de sua autoria no ano de 2016.
Para Tato Ambrósio, o lançamento do programa com três anos de atraso e apenas no ano eleitoral, conota a ineficiência da atual administração e a falta de responsabilidade na implantação de politicas públicas na cidade, se preocupando apenas com o marketing pessoal sem se importar com as reais necessidades do povo.
“Marília é uma cidade que tem hoje de 22 à 24 quilômetros de ponta a ponta, tanto faz leste à oeste ou, de norte a sul. Na época, no ano de 2016, eu apresentei em uma reunião de plano de governo, essa ideia de levar os medicamentos em casa, para as famílias que assim o necessitassem, porém, não com carro, e sim com motos para agilizar o atendimento”, explicou ele.
Sobre os dados técnicos Tato comentou: ” Para se ter uma noção, na época que eu apresentei a ideia, nós tínhamos cerca de 6000 ( seis mil ) pacientes dependentes de medicamentos, seja para pressão arterial, diabetes e pessoas incapacitadas. Isso só seria possível ser feito com motos. A minha sugestão se baseava na agilidade do atendimento e na economia quando da implantação do programa”, declarou.
Ainda sobre a explanação técnica, o vice prefeito ainda acrescentou: ” Eu vou mais longe, o valor de um carro adaptado para este programa não sai por menos de R$ 40 à R$ 50 mil reais, dinheiro suficiente para comprar até 10 motos, sendo que no máximo com 08 motos o programa seria desenvolvido com plena eficácia. Outra coisa, a minha ideia não era só entregar o remédio, mas, também prestar uma assistência ao paciente, onde o entregador seria uma pessoa capacitada para aferir a pressão, medir a diabete e prestar demais cuidados que fossem necessários, ou seja, um atendimento com humanização. E o mais importante, se fosse constatada alguma anormalidade, a unidade de saúde que presta atendimento ao paciente seria informada e caso necessário já se providenciaria uma ambulância para o atendimento emergencial na residencia” comentou.
Uso politico do programa em ano eleitoral
Tato criticou a maneira como está sendo apresentado o programa que teria na realidade um cunho social, humanitário e na melhoria no atendimento na área da saúde; ” A maneira como está colocada está completamente distorcida e conota claramente o desespero de uma administração desgastada perante a população. É simplesmente uma viatura bonita, que vai gastar muito combustível e que claramente não vai dar conta de atender toda a demanda. Volto a frisar, motos adaptadas, tipo aquelas dos bombeiros, seriam mais econômicas e prestariam um serviço com mais eficiência e rapidez”, acrescentou.
Para complementar o vice prefeito destacou o uso da imagem; ” A função de um bom politico não é tirar fotografias ao lado de veículos que irão atender as necessidades da população, isto é exploração em cima da necessidade do povo. A verdadeira função é colocar o programa em prática com excelência e a propaganda quem faz é o povo. A realidade dessa cidade parece que nunca muda, ou seja, o negocio dos políticos daqui é tirar fotografia e eu, não concordo com isso. A pessoa que se propõe a ser politico, não precisa ser um apresentador de televisão, não precisa aparecer em todas as fotografias, porque havíamos combinado isso lá atrás, ou seja, em cada obra a ser inaugurada, seria destacada a imagem da secretaria responsável. Na minha modesta opinião, prefeito tem que administrar a cidade, da sua mesa olhar todos os problemas da cidade, delegar funções e cobrar resultados em benefício do povo” enfatizou.
” É de uma insensatez tamanha acreditar que uma viatura que irá rodar em torno de 44 quilômetros de norte a sul, para atender dois trajetos e 80 quilômetros para atender 6000 mil pacientes irá conseguir. É só dividir essa quantia pelo numero de dias uteis no mês para saber que serão em média mais de 270 visitas por dia. As pessoas precisam saber o quê estão fazendo e entender que não é com propaganda, não é fotografia e não é com demagogia que se conquista o povo, é com um trabalho sério, responsável e principalmente, ouvindo o povo” disparou Tato Ambrósio.
De olho nas redes sociais.
Para finalizar o vice prefeito relatou estar atento as redes sociais e aos comentários que alguns lambe botas ou pseudo jornalistas tecem sobre o seu afastamento; ” Tenho acompanhado alguns comentários maldosos a respeito do meu afastamento e rompimento com a atual administração que foi justificado no dia 29 de novembro de 2018. Não compactuo com essa gestão que só enganou o povo e os servidores municipais. O que aconteceu depois disso e que especulam de uma forma mentirosa e maquiavélica vou me pronunciar somente na hora certa falando toda a verdade que o povo precisa ficar sabendo. Não gosto de divulgar, mas, serei obrigado, porque eu prefiro a verdade bem dita do que a mentira mal fadada pelos politiqueiros dessa cidade”, encerrou.
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