Diariamente a redação do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA recebe fotos e vídeos documentados pelos próprios trabalhadores e usuários do transporte coletivo do município que é prestado através de concessão às empresas Grande Marília e Sorriso de Marília em um processo polêmico que acabou sepultando a extinta Empresa Circular de Marília.

Por reiteradas vezes procuramos sugerir a administração uma fiscalização mais rigorosa e, até um decreto complementar disciplinando o funcionamento dos ônibus de transporte coletivo na cidade, a exemplo de Maringá e tantas outras cidades que pelo menos demonstram estar preocupadas com a segurança de seus munícipes e principalmente com o combate a proliferação do vírus.

Em Marília, ocorre justamente o contrário, ou seja; omissão integral da administração municipal e da câmara de vereadores, onde sequer foi esboçada uma comissão de acompanhamento da situação do transporte coletivo. É inadmissível o prefeito municipal conceder uma aumento de quase 20% na tarifa, que está valendo desde o dia 1º de maio, sem solicitar sequer uma pequena contrapartida no atendimento aos usuários.

No final da tarde de ontem, quarta feira ( 5 ), cerca de 8 trabalhadores de regiões diferentes da cidade, entraram em contato com nossa redação para mais uma vez, denunciar as aglomerações, falta de ônibus, atraso e falta de álcool gel no interior dos carros. A comerciária I.C.M, 49 anos foi taxativa em falar a respeito; ” Isso é um descaso com o trabalhador que sai do serviço com pressa para chegar em casa e depara com um atraso no ônibus que deveria sair do terminal 18H15 e saí somente 18H30 e, completamente lotado e com falta de álcool gel. A cidade não tem prefeito, não é possível”, declarou em tom de insatisfação total, se referindo a linha da Nova Marilia.

Já a vendedora J.A.S, 34 anos, questionou; “Eu não entendo, como querem acabar o vírus na cidade se permitem aglomerações no interior dos ônibus e nas filas do terminal. Não existe fiscalização e ninguém organiza nada, enquanto isso já perdi duas amigas que se contaminaram aqui. Não tem o que se falar…apenas lamentar o descaso com o povo”, concluiu a mesma falando da linha de Padre Nóbrega.

O vigilante O.S.L de 42 anos, estava muito revoltado ao telefone e, além das palavras de baixo calão manifestou sua reclamação; ” É um absurdo, o que estão fazendo com o trabalhador mariliense. Eles estão tranquilos e protegidos em seus carros com ar condicionado e jogam o povo para o matadouro nestes ônibus lotados. A gente só usa porque não tem outra alternativa, mas, sabemos que o vírus está no ônibus e só temos que contar com a sorte, pois, se depender dessa c…… estamos mortos”, finalizou que relatou fazer uso da linha Bandeirantes.

É importante destacar que, a administração municipal concedeu o aumento e não solicitou nenhuma melhoria no transporte, porém o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, relembra mais uma vez os tópicos sugeridos para a melhoria no transporte público da cidade. Confira;

  • FISCALIZAÇÃO RIGOSOSA NOS ÔNIBUS, DESDE O PONTO DE ORIGEM ATÉ O TERMINAL.
  • EXIGÊNCIA DE ÁLCOOL GEL NA ENTRADA E SAIDA DOS ÔNIBUS E COLOCAÇÃO DE TOTENS COM O DESINFECTANTE NO TERMINAL
  • SOLICITAÇÃO DO RETORNO DAS HIGIENIZAÇÕES NOS CARROS
  • CRIAÇÃO DE DECRETO DE LEI COMPLEMENTAR EXIGINDO O TRANSPORTE DE PASSAGEIROS “APENAS SENTADOS”.
  • DISCIPLINAÇÃO DE HORÁRIOS ESPECIFICOS PARA IDOSOS PARA NÃO TUMULTUAR NOS HORÁRIOS DE PICO.
  • COBRANÇA DA IMPLANTAÇÃO DE TUNEIS DE HIGIENIZAÇÃO NAS CATRACAS DE ENTRADA DO TERMINAL
  • DISTRIBUIÇÃO CONSTANTE DE MÁSCARAS NO TERMINAL URBANO
  • RETORNO DAS LINHAS QUE FORAM SUPRIMIDAS
  • RETORNO DOS HORÁRIOS PRATICADOS ANTES DA PANDEMIA
  • IMPLANTAÇÃO DA TARIFA ZERO NOS FINAIS DE SEMANA E FERIADOS

Somente um conjunto de ações como estas, seriam capazes de pelo menos amenizar a proliferação do vírus que já ceifou centenas de vidas e, muitas delas, usuárias do transporte coletivo de nossa cidade, onde ao que se nota, quem dá as cartas e faz o que bem entendem são as empresas, pois, as autoridades sequer esboçam uma reação de enfrentamento, fazendo valer o antigo ditado que diz; ” Quem cala, consente”.

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