O reajuste nos pedágios das rodovias de nossa região, surge como mais um duro golpe ao bolso do contribuinte e como mais um obstáculo para o setor produtivo. Se bem analisarmos, os valores são incondizentes com as obras realizadas até o momento, basta citar a insegurança no trecho nas proximidades dos bairros Maracá, Montana e Triste Cavichiolli. Tudo ganha ares de puro ficção.

Não parece crível que uma pessoa que resida em Garça, por exemplo, e que trabalhe em Marília, tenha que desembolsar aproximadamente 35% do salário mínimo mensalmente com pedágios, ou seja; literalmente pagando para trabalhar. O mesmo acontece com acontece, com quem reside em Oriente e Pompéia. ISTO É UMA VERGONHA !!!

O custo do pedágio se reflete também no preço dos produtos transportados pelas rodovias de nossa região. Os caminhoneiros reclamam que os altos valores do pedágio em tão curta distância no trecho de Bauru a Panorama são incompatíveis com os baixos valores cobrados nos fretes. Outros até defendem os pedágios mas, com tarifas mais justas.

É algo que foge ao raciocínio lógico. Uma cidade considerada de potencial industrial, com um forte comércio e até reconhecida como de interesse turístico ser praticamente transformada em um condomínio fechado, onde para se entrar ou sair, se faz necessário o pagamento do dízimo rodoviário.

Mas afinal, qual seria o interesse ??? Se bem observarmos, Marília estagnou no tempo e, em um comparativo com cidades do mesmo porte a questão de 30 ou 40 anos atrás, fica notório algo de crivo político muito bem articulado que nada contra o desenvolvimento da cidade que nos anos 50 chegou a ser a que mais se desenvolvia no mundo, basta olhar os livros e informes da época.

Se na área urbana da cidade já é notório o comando geral que corre bem longe das salas refrigeradas do segundo do andar da prefeitura, se concentrando na batuta de maestros oriundos de famosas construtoras, imobiliárias e especuladores que respiram dinheiro 24 horas por dia, fora dela o que se percebe é a sutileza das púrpuras mãos políticas.

É inaceitável checar o condomínio fechado em que se transformou a cidade que é uma base regional em detrimento de outras cidades com a mesma representatividade. Ou será que Marília nada representa para os governos na esfera estadual e federal ?

Se a onda de condomínios explode na cidade de uma forma assustadora, e onde, a maioria fere diretrizes do plano diretor sem qualquer restrição das autoridades constituídas, com o município em si, não é diferente. Estamos sim, literalmente cercados de pedágios e não adiante dizer que a preocupação é com o fato segurança, pois na realidade combina mais com desesperança da pujança daquela que um dia foi considerada a menina moça do interior paulista, ou Califórnia do oeste paulista.

É de dar pena ver a classe política que se emudece perante a este presente de grego que sacrifica o trabalhador que muitas vezes se desloca diariamente entre as cidades para o seu trabalho. Se bem que, em matéria publicada pelo JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA no último dia 15 sobre o assunto, retratou bem o real interesse de todos, seja prefeitos ou deputados; a grande quantia que chega aos cofres públicos sem nenhum esforço, através do ISS.

Então aonde estão os políticos ??? Eles estarão em sua porta à partir do ano que vem, prometendo mundos e fundos, empregos, saúde e principalmente habitação. Na realidade, o único interesse é a sede pelo poder e nada mais. Que oxalá, esteja este editor enganado, mas, até o momento, repito, até o momento, não surgiu nenhum nome que possa colocar frente a estes desmandos e realmente despertar a cidade que adormece em berço esplêndido, dos políticos e empresários, é claro. O povo é um mero detalhe.

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