Polícia Civil descobriu lista de possíveis eleitores com o favor que cada um solicitou a Carlinhos do PS (PTB), também suspeito de indicar funcionários para cargos públicos. Além do vereador, outros presos temporariamente são pessoas ligadas ao parlamentar.

O inicio da tarde de ontem, segunda feira (29) foi movimentada pelos lados do plantão policial e principalmente da esfera política da cidade sem limites. Conforme já amplamente divulgado pela grande imprensa, Policiais civis de Bauru, cumpriram seis mandados de prisão em um escândalo que viralizou nas redes sociais e deixou a população bauruense perplexa.

Entre os presos estava o vereador Luiz Carlos Bastazini (PTB), conhecido como “Carlinhos do PS”, que teve mandado de prisão expedido contra ele por denúncia de crimes de corrupção, cooptação de eleitores e “rachadinha”. Os outros presos são dois assessores parlamentares e outras três pessoas ligadas a um grupo político.

Um dos mandados foi cumprido por policiais da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) na casa do parlamentar, onde eles encontraram R$ 63 mil em dinheiro, cestas básicas, contas de terceiros e uniformes de futebol.

Ainda segundo a polícia, o vereador tinha o cadastro de 20 mil bauruenses com os números dos títulos eleitorais. As investigações apontam que ele distribuía cestas básicas e chegava a pagar contas de água e luz em troca de votos. Carlinhos do PS está em seu quarto mandato do vereador.

Em entrevista concedida, o delegado Gláucio Eduardo Stocco explicou que as investigações começaram há cinco meses a partir de denúncias iniciais apresentadas pelo presidente da Emdurb, Luiz Carlos da Costa Valle. Segundo ele, Carlinhos teria cobrado a demissão dos servidores para novas contratações indicadas por ele.

“O presidente da Emdurb foi cobrado pelo vereador a partir do momento que a prefeita Suellen Rosin assumiu. E todos os cargos em comissão foram cortados para serem recontratados, segundo o critério da nova administração”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, a partir da denúncia, a Polícia Civil evidenciou que o vereador indicava pessoas para cargos comissionados e obrigava os mesmos a integrar a “rachadinha” do salário com o mesmo, informou a polícia.

DEIC cumpre prisão de vereador de Bauru e mais cinco em inquérito que apura “rachadinha" — Foto: Thaís Andrioli /Tv Tem

Durante as buscas na casa do vereador, a Polícia Civil descobriu uma lista de possíveis eleitores com o favor que cada um solicitou ao vereador, além dele indicar funcionários para cargos públicos.

A prisão temporária na sede da Deic determinada pelo Judiciário é de cinco dias, mas a autoridade policial poderá solicitar ampliação do prazo.
Além do crime de “rachadinha”, todos são acusados de organização criminosa, corrupção passiva, crime de concussão e corrupção eleitoral.

Consultada, a defesa do vereador Carlinhos do PS disse que ainda está estudando o processo, já que se trata de um material extenso. Além disso, afirma que também que vai pedir a substituição da prisão temporária pela domiciliar, já que o estado de saúde do vereador exigiria cuidados que não podem ser prestados na delegacia.

Já pensou se esta mesma operação ocorresse em outras cidades ??? Quantos assessores não são obrigados a praticar a “rachadinha” para se manter empregado ??? Será que em Marília já houve essa prática ??? E nos dias atuais ????

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