O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 9, que o governo pretende criar ainda neste ano o Imposto Único Federal, com a união de três a cinco impostos. Durante o encontro “Marcha dos Prefeitos”, em Brasília, Guedes disse que, com o imposto único, contribuições e impostos serão todos compartilhados com Estados e municípios.

No encontro, Guedes voltou a falar da reforma da Previdência e defender o modelo de privatização. “Todos já sabemos que a reforma da Previdência é importante também para municípios e Estados”, afirmou.

Guedes disse esperar a aprovação da reforma “nos próximos três a cinco meses”, ou ainda no primeiro semestre, e disse que os presidentes do Senado e Câmara têm dado apoio.

O ministro voltou a defender a economia de R$ 1 trilhão para poder financiar a capitalização, que disse ser um regime “muito superior” e disse que pontos sensíveis para os prefeitos, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), serão discutidos.

Paulo Guedes voltou a dizer que receber o benefício abaixo do mínimo aos 60 anos será opcional e o beneficiado poderá esperar até os 65 para se aposentar com o salário mínimo.

De acordo com Guedes, o fundo a ser criado com a capitalização será garantido pelo governo e, se o trabalhador não conseguir o mínimo no futuro, o governo completará a diferença.

Ele defendeu que o sistema atual está condenado e que a reforma acaba com privilégios e só pesará sobre cerca de 18% da população, que se aposenta com mais de dois salários mínimos. “Os privilegiados também terão que trabalhar até 65 anos, da mesma forma dos mais pobres. A alíquota de 22% é para quem ganha mais do que o presidente da República, ninguém pode reclamar”, afirmou.

Guedes defendeu que as mudanças são necessárias para melhorar o País e disse que Bolsonaro está “voando a mil por hora” e cumprindo promessas de campanha. “Meus pais me deram país melhor do que estou deixando para meus filhos, não aceito isso.”

Ele completou dizendo que, com a reforma da Previdência, as greves de trabalhadores vão acabar. “No Chile, não houve mais greve de trabalhadores por vários anos [depois de reforma]”, completou.

Pela manhã, estiveram no evento o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), além de outras autoridades.

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