Grande São Paulo Oeste foi a única região que regrediu e passou da amarela para a fase laranja. Ribeirão Preto e Piracicaba foram direto da fase vermelha para amarela.

Desta vez, ficou escancarado a politicalha que envolve o tal Plano São Paulo defendido com unhas e dentes pelo governado João Dória. Em uma semana onde os leitos de UTI disponíveis para Covid-19 atingiram 75% e os casos registraram um aumento significativo, a cidade que em situação bem melhor chegou a estar na fase vermelha, foi incluída no lote de hoje entre as 9 cidades “promovidas” para a fase amarela.

Como se percebe, os critérios técnicos estão bem abaixo dos critérios e interesses políticos e, com isso, em mais uma apresentação, juntamente com sua equipe, o governo de São Paulo atualizou nesta sexta-feira (7) a situação das regiões no Plano que controla regula a reabertura gradual das atividades econômicas em todo o estado.

Na oportunidade ele anunciou que nove regiões passaram para a fase amarela, entre elas e, de forma surpreendente, Ribeirão Preto e Piracicaba, que estavam na fase vermelha na última sexta-feira (31). A mundança nas regras de ocupação de UTI e margem de erro nos critérios de evolução da epidemia permitiu que as regiões fossem para a fase amarela com mais facilidade.

A única região que regrediu nesta sexta foi a Grande São Paulo Oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora de Bom Jesus, Santana do Parnaíba), que passou da amarela para a fase laranja.

Com a nova classificação, 66% das regiões ou seja; 86% da população do estado está agora na fase amarela. Embora a meta inicial para a volta da aulas presenciais tenha sido alcançada, estranhamente o governo decidiu adiar o retorno no estado para o dia 7 de outubro.

Pelo novo decreto governamental, as regiões de Araçatuba, Bauru, Sorocaba, Taubaté, Campinas, São João da Boa Vista e Marília passaram da fase 2 (laranja) para a fase 3 (amarela) nesta sexta-feira (7). Por um outro lado, as regiões de Piracicaba e Ribeirão Preto, migraram direto da fase 1 (vermelha), em que apenas serviços essenciais são permitidos para a fase amarela, em que restaurantes e bares podem voltar a funcionar, por exemplo.

Apenas para recordar, a cidade de São Paulo se manteve na fase amarela, que permite a abertura de bares, restaurantes e salões de beleza.

Na última sexta-feira (31) toda a Grande São Paulo permanecia na fase amarela, exceto a sub-região Norte (Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha, Mairiporã), que estava na fase laranja. Agora, a subregião oeste (Barueri, Carapicuíba, Itapevi, Jandira, Osasco, Pirapora de Bom Jesus, Santana do Parnaíba) também está na fase laranja.

ESCLARECENDO

Essas alterações deste plano criado pelo governador João Dória e sua equipe, acontecem a cada 2 semanas, segundo a gestão estadual, entretanto, mudanças para fases mais restritivas podem ocorrer a qualquer momento. Essa foi a primeira alteração após as mudanças feitas pela gestão no dia 27 de julho, as quais alteraram critérios de classificação, como por exemplo, o percentual máximo de leitos de UTI ocupados permitidos na fase amarela e verde.

Principais alterações nos critérios de classificação do Plano São Paulo:

  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase laranja para a amarela passou de 70% para até 75%, ou seja, Marília está em seu limite máximo.
  • Taxa máxima de ocupação de UTI para uma região passar da fase amarela para a verde passou de 60% para um percentual entre 70% e 75%.
  • Regiões estão impossibilitadas de avançarem ou regredirem de fase por ponto percentual, por isso, a gestão desenvolveu uma margem de erro de 0,1 para critérios de evolução da epidemia e de 2,5 para capacidade do sistema de saúde.
  • Foram acrescentados os critérios de óbito e internação para cada 100 mil habitantes para que uma região passe da fase amarela para a verde.
  • Regiões devem passar 28 dias consecutivos na fase amarela antes de evoluírem para a fase verde.

Regiões na fase vermelha:

  • Franca
  • Registro

Regiões na fase laranja:

  • Sub-região Oeste da RMSP
  • Sub-região Norte da RMSP
  • São José do Rio Preto
  • Barretos
  • Presidente Prudente

Regiões na fase amarela:

  • Baixada Santista
  • Município de São Paulo
  • Sub-região Leste da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP)
  • Sub-região Sudeste da RMSP
  • Sub-região Sudoeste da RMSP
  • Araraquara
  • Araçatuba
  • Ribeirão Preto
  • Piracicaba
  • Bauru
  • Marília
  • Sorocaba
  • São João da Boa Vista
  • Taubaté
  • Campinas

COMO É FEITA A DEFINIÇÃO:

Os critérios que baseiam a classificação das regiões são:

  • ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs);
  • total de leitos por 100 mil habitantes;
  • variação de novas internações, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos casos confirmados, em comparação com a semana anterior;
  • variação de novos óbitos confirmados, em comparação com a semana anterior.
  • Na fase verde também é considerado óbitos e casos para cada 100 mil habitantes;

Esses critérios definem em qual das cinco fases de permissão de reabertura a região se encontra:

  • Fase 1 – Vermelha: Alerta máximo
  • Fase 2 – Laranja: Controle
  • Fase 3 – Amarela: Flexibilização
  • Fase 4 – Verde: Abertura parcial
  • Fase 5 – Azul: Normal controlado

Com isto, o município oficialmente obtém a autorização para funcionamento de outras atividades comerciais além das já permitidas no momento, ou seja; comércio em geral, shoppings, atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, bares, restaurantes, salões de beleza, clínicas e academias podem funcionar por 6 horas já partir da próxima segunda-feira (10). Algumas regras para determinados setores ainda serão estabelecidas pela Prefeitura de Marília. Decisão é válida até o dia 23 de agosto.

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