Água após o treino talvez seja algo do passado, agora as cervejas contam como aliadas à hidratação, visto que cervejarias vêm incorporando eletrólitos, trigo sarraceno e pólen de abelhas para amenizar o dano da desidratação ao corpo

Geoff Pedder corre cerca de 10 quilômetros por dia e compete frequentemente em maratonas e triatlos. Depois de quase toda prova, ele se junta à manada de atletas esgotados na barraca de cerveja, onde corredores sedentos em geral têm de lidar com uma dúvida cruel entre uma lager aguada ou uma IPA mais encorpada. Foi assim que ele usou sua experiência em marketing e desenvolvimento de produtos, combinada ao conhecimento de bioquímica de um amigo, e deu início à Zelus Beer, uma das primeiras cervejarias dedicadas a oferecer “performance beer” (“cerveja de alto desempenho”, em tradução livre do inglês).

A ideia de álcool combinado à rotina de um atleta pode parecer contra intuitiva. E certamente não deveria substituir água. Mas as cervejarias vêm incorporando eletrólitos e até mesmo trigo sarraceno e pólen de abelhas para amenizar o dano da desidratação ao corpo.

O mercado ainda é pequeno – a Associação de Produtores de Cerveja estima que as performance beer representem 1% do mercado de cerveja artesanal, que por si só equivale a 13% do mercado total –, mas os cervejeiros afirmam que há sinais de crescimento. Alguns apelam aos millennials que querem consumir menos calorias e podem deixar de lado o energético com gás para tomar uma cerveja leve saborizada.

Pedder sugere que a questão pode não ter tanto a ver com qualquer benefício, no fim das contas. Corredores tomam cerveja pelo mesmo motivo que a maioria das pessoas: camaradagem. “Quanto mais você treina”, diz ele, “mais você acha que merece uma recompensa”. Aí vão cinco cervejas que vale experimentar.

Zelus BEER CO. Weekender
Esta lager à moda alemã tem 5,3% de teor alcoólico, mas é torrada e levemente lupulada com Hallertau para acentuar o gosto maltado. É reforçada com potássio, sódio e sais de cálcio que ajudam a recarregar o corpo. 

Harpoon Brewery Rec. League
Enganosamente leve e turva, esta IPA – um dos carros-chefe da marca – tem teor alcoólico de 4% e é reforçada com trigo sarraceno kasha rico em proteínas e sementes de chia repletas de antioxidantes, além de sal marinho.

Avery Brewing Pacer IPA
sta IPA suculenta e dry hopped (processo em que o lúpulo é adicionado mais tarde) aposta fortemente em trigo, aveia e em lúpulos mais exóticos do hemisfério sul, e ao mesmo tempo tem apenas 4,5% de teor alcoólico, 100 calorias e 3,5g de carboidratos.

Mispillion River Brewing War Possum
A cervejaria de Delaware chama essa de “alemã esportiva”, por ter uma injeção de eletrólitos de sabor morango gaseificado. Com 5%, é uma bebida ácida e amarga, apesar do baixo teor alcoólico.

Boulevard Easy Sport
Chamada de “ale do rali”, esta cerveja clara de 99 calorias e 4,1% de teor alcoólico da cervejaria de Kansas City (Missouri) recebe eletrólitos durante e após o processo de fermentação. Cascas de tangerina dão um toque final levemente ácido.

Para não beber de barriga vazia

Os cookies crocantes com gosto de manteiga de amendoim da Kize têm 10 gramas de proteína e pedaços de chocolate amargo sem açúcar. US$ 30 a caixa com 10 unidades.

O biltong da Ayoba é feito de carne deixada para secar durante duas semanas, que acumula 30% mais proteína que a carne seca normal. US$ 24 o saquinho de 226g. 

O saquinho de lentilhas torradas, trigo sarraceno e sementes da Patagonia Provisions é coberto com uma pimenta forte de chipotle e temperado com limão. US$ 24 a embalagem com 12.

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