Mais um capitulo da novela “Centro de Compras Populares” -Camelódromo ) acaba de ser lançado. No dia de ontem, sexta feira ( 29 ), o Ministério Público de Marília, voltou a pedir a interdição do local que fica anexo ao Terminal Urbano. Segundo o pedido, o local continua inadequado e oferecendo grandes riscos aos comerciantes e consumidores que frequentam o local.

O Ministério Público aponta falhas em sistemas de alarmes, extintores descarregados, fiação exposta e “gambiarras”, que não permitem a aprovação do local pelo Corpo de Bombeiros expondo o camelódromo ao risco de uma tragédia.

Este é o segundo pedido de interdição do local em menos de um ano e volta a criar uma polêmica entre os frequentadores e uma apreensão por parte dos comerciantes e proprietários de box no local. O anterior, assinado pelo mesmo promotor – José Alfredo de Araújo Sant’Anna – foi feito em junho do ano passado. A ação já tramita pela 1ª Vara Cível há oito anos e entre idas e vindas uma decisão concreta que contemple a todos ainda não foi acordada.

Curiosamente o site da Assembleia Legislativa – até hoje disponível em seu arquivo de publicações – divulgou que o deputado estadual Vinicius Camarinha anunciou no ano de 2008- com direito a solenidade no terminal – a conquista de R$ 500 mil para a reforma do camelódromo. “Com a revitalização, o espaço deve ser totalmente reformulado. Serão construídos 2.800 m² de cobertura, com pé-direito de seis metros, banheiros e boxes modernos,” dizia o release da Assembleia. Até hoje está sendo aguardada a citada melhoria.

“A solenidade da oficialização da conquista contou com a presença de representantes da prefeitura, de comerciantes do local e de parte da família Camarinha, que foi homenageada. Após a reformulação, o espaço receberá novo nome e será denominado Centro Comercial de Compras Popular Josué Francisco Camarinha.”, diz ainda a publicação, que permanece ativa no site oficial da Assembleia.

Em 2010, durante a administração do prefeito Mário Bulgareli foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) prevendo reformas para adequação do prédio e das instalações elétricas do camelódromo. Implantou ainda o pipocódromo, retirando os vendedores ambulantes da avenida Brasil.


Em junho de 2019, o prefeito Daniel Alonso conseguiu uma audiência na promotoria e se comprometeu a enviar uma comissão de engenheiros do município, para um levantamento das necessidades de adequação. Apenas a reforma dos banheiros ocorreu, em um pacote de reformas anunciadas para todo o terminal urbano que recebeu câmeras de vigilância e nova pintura.

Quem analise a decisão sobre o novo pedido de interdição é a juíza Paula Jaqueline Bredariol de Oliveira. Enquanto isso, os comerciantes do local novamente se debruçam na expectativa de um novo acordo para que não ocorra a interdição. Em outras cidades, é rotineiro a readequação de prédios antigos e espaçosos para a implantação de centros de compras populares, como por exemplo; Ribeirão Preto, Lins, Curitiba e outras…

Nestas cidades, a iniciativa da administração municipal agradou aos comerciantes e também a toda a população.

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