As eleições realizadas em 2020 reforçarão a importância do uso das mídias sociais como um espaço de comunicação e de debate político, em virtude do novo Coronavírus. Inicialmente, as eleições deverão ocorrer nos dias 15 e 29 de novembro deste ano e até lá, o trabalho vem sendo desempenhado pelos pré-candidatos a prefeito e vereadores. Prova disso, foi a enxurrada de propaganda eleitoral que invadiu as redes sociais nos últimos meses.

Esta claro que a estratégia dos candidatos é focar nas redes sociais, já que o famoso corpo-a-corpo não será permitido, devido à pandemia. Hoje, a sociedade digital exige mais interação e assim ganha espaço entre os políticos. A evolução das tecnologias, o surpreendente crescimento de internautas e o comportamento dos eleitores mostraram que o cenário de 2020 será diferente.

No ano de 2018 aconteceram as eleições para Presidência da República, Deputado Estadual e Federal, além de Senadores e Governadores. Foi um momento em que as redes sociais se tornaram, para alguns políticos, uma das formas principais de divulgação e campanhas eleitorais, com intuito de manter o contato virtual com o público.

Além das lives no Facebook, tweets e stories no Instagram, as mensagens de transmissão pelo WhatsApp, foram intensificadas muitas delas contendo notícias falsas sobre os candidatos participantes. Porém, nestas eleições, a Justiça Federal intensificará as fiscalizações nas redes sociais, penalizando os suspeitos de espalhar fatos errados sobre um candidato inocente.

Mas as plataformas digitais continuarão sendo uma ferramenta para os políticos defenderem suas campanhas e convencerem o público de que a entrada na Câmara Municipal será um diferencial para a sociedade. Obviamente que o tempo atual exige uso das mídias para alcançar maior tipo de público, mas a população precisa compreender que de boas palavras, as campanhas políticas estão cheias. É preciso olhar mais que isso, ao selecionar um candidato com popularidade na internet.

Na manhã deste domingo ( 27), no primeiro dia autorizado para a propaganda eleitoral, os internautas puderam assistir, ou não, um desfile dos primeiros candidatos com suas respectivas campanhas digitais. Claro, com um poder de fogo maior para os famosos “tubarões” que utilizaram o impulsionamento de larga escala para atingir um número maior de eleitores.

Enquanto isso, os pequeninos ficarão mesmo no famoso santinho de papel, como ocorreu nesta manhã na feira municipal, localizada na área central da cidade e na feira do rolo, localizada na zona sul da cidade.

O caminho das pedras.

Nas últimas duas eleições, em 2016 e 2018, a presença das redes sociais deu uma nova cor à corrida eleitoral. Os recentes casos de sucesso de algumas campanhas no ambiente digital ajudaram a criar dois mitos que estão dificultando o andamento dos pré-candidatos em relação ao resultado que desejam. O primeiro deles é “vou vencer as eleições nas redes sociais”.

Se a pessoa não é um fenômeno das redes sociais, certamente não será por lá que ela vai vencer. Vejamos, o voto do vereador é o voto de uma minoria da população. Chamamos de voto proporcional justamente por isso. Sendo assim, o principal foco deste pré-candidato é encontrar esse grupo. Com certeza essa minoria mora ao lado, é presencial. Por isso a formação e gerenciamento de uma rede de relacionamento desse tipo é fundamental.

A pergunta para se iniciar uma pré-campanha é simples: Quem são as pessoas que gostam de mim? A resposta a essa pergunta é incrivelmente reveladora e começa a pavimentar toda a estratégia do pré-candidato.

A segunda pergunta, que dará um alcance incrível, é: Quais as pessoas que podem vir a gostar de mim? Observe que as redes sociais só vão entrar no contexto bem depois de serem realizados os contatos um a um.

O segundo mito é “essa é a eleição do Instagram e Facebook”. Se fosse pra definir uma rede protagonista, decididamente seria a eleição do WhatsApp. O Instagram, por exemplo, é uma forma de comunicação onde você depende que alguém simplesmente resolva te conhecer melhor e vá até lá de forma espontânea. Com o WhatsApp, o contato um a um é muito melhor e a plataforma permite que você organize sua campanha através do smartphone, ao usar as “Listas de Transmissão Inteligentes”. Com elas, é possível falar com um grande número de pessoas sem perder o contato individual.

Aqueles pré-candidatos que pretendem surpreender nas eleições devem focar em estratégias simples e assertivas. Já os partidos devem investir em qualificar as nominatas, proporcionando treinamentos que façam desses candidatos postulantes reais a uma vitória nas urnas. A motivação é um fator determinante.

É possível observar um desânimo nas nominatas de vereadores por todo o país. O pré-candidato está perdido. Nos tempos de Covid-19, ele não pode simplesmente ir até a rua. Com a impossibilidade de fazer reuniões com muitas pessoas, o candidato entra em uma espécie de “depressão eleitoral”, que é normal que aconteça durante a campanha. Porém, ela é tratada com o movimento. Sem movimento, os momentos de dúvida vão assumindo o controle.

O remédio é simples, foco no propósito e planejamento. Mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia, é possível trilhar um caminho de sucesso no pleito eleitoral. Entretanto, é necessário lembrar sempre que as redes sociais, sozinhas, não vão te levar a vitória.  A campanha começa ao seu lado.

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