O fato ocorreu na vizinha cidade de Assis ( 74 quilômetros de Marília ) onde a pressa pelo sepultamento e com caixão lacrado gerou a revolta dos familiares.

Segundo os relatos, por volta das 13:30hs desta segunda feira ( 15 ), a jovem Ana Carolina, sobrinha de Osmar Rodrigues da Cruz que foi a óbito com 54 anos buscou apoio de veículos de comunicação daquela cidade para conseguir um diagnóstico correto para o seu tio que teria sofrido um infarto fulminante.

A família lutava para poder oferecer um sepultamento ao digno homem que tinha comprovadamente problemas cardíacos e foi internado no domingo, 15, na UPA, com forte dor no peito e suspeita de pneumonia.

Em contato com a redação do site Abordagem Notícias, a sobrinha relatou que o tio infartou hoje e não resistiu. Ocorre que, segundo ela, foi colocado Covid 19 no atestado de óbito, o que resulta em sepultamento rápido, em caixão lacrado. De acordo com a família, o teste rápido para coronavírus feito anteriormente teria acusado negativo.

Em meio ao “entreveiro”, a polícia já foi chamada pela família. O corpo estava no Hospital Regional de Assis, onde a família se concentrava à espera de uma solução.

A sobrinha de Osmar contou que ele iria para São Paulo na próxima semana, para uma tentativa de transplante de coração. “Ele não tinha sintomas de coronavírus. Agora sumiu o teste rápido que deu negativo e nenhum médico fala com a gente. No documento da funerária está com espaço em branco sobre a causa da morte. Estamos aqui esperando um papel do Regional pra ver o que vai ser feito. Ninguém da família acredita nisso de coronavírus não. Meu tio morreu de problema no coração e merece um enterro digno”.

Ao finalizar esta matéria, fomos informados que o velório ocorrerá, porém com o caixão lacrado e visibilidade apenas pelo vidro, como medida preventiva e, para que a família possa ver o rosto. O corpo já foi liberado e o velório ocorrerá das 7h e 30 de amanhã na São Vicente Prever.

O sepultamento ocorrerá às 10h30 no cemitério municipal de Assis. Ainda como desfecho lamentável, uma cunhada chegou a declarar que a família estava sendo orientada a comprar um terreno no fundo do cemitério, local aonde estão sendo enterradas as vítimas da Covid-19. Segundo ela, “os familiares bateram o pé” e conseguiram que Osmar fosse sepultado no túmulo da família.

Este é mais um dos casos que chega ao conhecimento da redação do JORNAL DO ÔNIBUS de MARÍLIA. Infelizmente, poucas famílias reagem desta maneira para exigir uma comprovação do diagnóstico e, por esta razão levantam-se duvidas sobre o número real de vítimas do Covid-19.

DIRETO DA REDAÇÃO COM INFORMAÇÕES DO SITE ABORDAGEM NOTICIAS E DO JORNALISTA DÚ MEIRA.

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