Homem tem 42 anos, é casado, com dois filhos e atuava como mecânico durante o dia e à noite fazia bico de entregador.

Graças ao monitoramento de câmeras pelo menos oito vítimas reconheceram, na noite desta segunda-feira, 26, um mecânico de 42 anos, como sendo o autor de abusos sexuais contra mulheres na vizinha cidade de Ourinhos, distante 94,6 quilômetros de Marília.

Mural contra a violência doméstica - Agência Patrícia Galvão

O homem, que é casado, com dois filhos, atuava como mecânico durante o dia e de noite fazia “bico” de entregador do iFood (aplicativo de compras de comida). Ele chegou a negar os abusos e teria dito que apenas passava as mãos nos braços das vítimas, que relataram que o agressor passava as mãos em suas partes íntimas e em alguns casos apertava as regiões como nádegas, mamas e até as genitálias das mulheres.

O homem, que já tem passagem pela prisão por outros crimes, foi preso em flagrante e encaminhado à cadeia pública de São Pedro do Turvo, onde aguarda a decisão judicial. Ele pode cumprir pena imediatamente através de prisão preventiva, ou pode ser solto para responder em liberdade até o julgamento.

Ele vai responder pelo crime de estupro, podendo, se condenado, ter que cumprir pena de 6 a 10 anos de prisão em regime fechado. Segundo a legislação brasileira, o estupro vai além da penetração (conjunção carnal), de forma constrangedora e sem consentimento. Sexo oral, masturbação, toques íntimos e introdução forçada de objetos, por exemplo, também se enquadram nessa categoria de violência sexual.

O estupro é caracterizado pelo uso de violência física ou psicológica, no qual o agressor ameaça a vítima para satisfazer o seu prazer.

Câmera flagra ação de motociclista que foi preso suspeito de abusar grávida em Ourinhos — Foto: Câmeras de segurança/Reprodução

A prisão

O acusado de estupros foi preso pós análise de imagens de câmeras de seguranças nas proximidades dos últimos ataques, que aconteceram na noite deste domingo, 25. Uma das vítimas usou suas redes sociais para fazer o alerta. A mulher que está grávida de seis meses também reconheceu o agressor. Ela contou que o acusado a seguiu em sua motocicleta e passou as mãos em suas partes íntimas e depois fugiu. O ataque contra ela foi na Rua Ataliba Leonel, na Vila Moraes.

Motociclista é preso suspeito de abusar de grávida em rua de Ourinhos — Foto: Adolfo Lima/TV TEM

8 vítimas e dez depoimentos

Oito mulheres disseram na noite desta segunda (26), na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), que foram abusadas pelo mecânico, mas 10 foram ouvidas, pois duas foram testemunhas de abusos ocorridos com as amigas. O homem agia sempre à noite, com sua motocicleta Honda/Fan, preta e sempre com uma mochila do iFood, de cor vermelha, nas costas.

O homem teria abusado tanto de mulheres em outras motocicletas, como também de vítimas que estavam a pé na rua. Em um caso específico o acusado chegou a passar as mãos nas nádegas de uma mulher que estava acompanhada do marido. O fato foi relatado.

Jovem foi abusada duas vezes

Uma jovem, que reconheceu o mecânico como o autor dos abusados, relatou  que foi abusada em duas oportunidades e a primeira teria ocorrido cerca de 20 dias atrás, quando ela parou a sua motocicleta, por volta das 22h30, no semáforo da Rua Expedicionário no cruzamento com a Avenida Jacinto Sá, na área central de Ourinhos. Segundo a jovem, na primeira vez ele passou a mão em suas nádegas e foi embora rapidamente.

Violência sexual contra mulheres na Colômbia - Anistia Internacional

2º ataque

Menos de uma semana depois, em outro ataque, desta vez o homem a seguiu e nas proximidades do Cemitério Municipal de Ourinhos, na região da Vila São Luiz, o agressor fechou a frente da moto da jovem e a obrigou a parar. Ele então apertou com força as nádegas da jovem e a assediou com palavras de baixo calão. A mulher então gritou pedindo para ele não encostar nela e ligou a moto e saiu correndo. A jovem disse que chegou a até ficar marcada com a unha do homem em seu corpo, por cerca de uma semana.  Ela estava indignada com toda esta situação e pede que a justiça seja feita.

Depois do segundo ataque, há alguns dias atrás, a jovem chegou a procurar a CPJ (Central de Polícia Judiciaria de Ourinhos), porém foi orientada a procurar a DDM e por fim disse que não teve tempo hábil para ir na especializada. Ela contou que não acreditava que o agressor seria encontrado tão rapidamente.

A Polícia Civil acredita que mais mulheres foram vítimas do homem e pede para que todas as mulheres procurem a DDM para contar a sua história, para que a justiça seja feita.

DIRETO DO PLANTÃO DE POLICIA

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