E deu o que já era esperado. A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) concluiu o inquérito policial sobre o caso do coronel da reserva que assassinou o próprio funcionário com três tiros pela costas por estar em um relacionamento com sua esposa que acabou admitindo o caso extra conjugal.
O delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais ) explicou que a polícia descartou a tese de legítima defesa apresentada pelo acusado, coronel da reserva Dhaubian Braga Brauioto Barbosa, de 57 anos.
“Entendemos que não houve legítima defesa, e sim premeditação. Entendemos também, que a vítima não teve condições de defesa e que foi surpreendida em local escolhido pelo autor, ao final de um corredor, onde não tinha muita condição de mobilidade”, diz o delegado.
O laudo necroscópico indica que a vítima, o ajudante Daniel Ricardo da Silva, de 37 anos tomou dois tiros pelas costas. Um pouco acima da cintura e outro nas nádegas. E mais um tiro de raspão. Daniel morreu de hemorragia interna, já que um dos tiros atingiu uma veia.
O fato aconteceu em 31 de outubro, em um motel na SP-294, proximidades da penitenciária de Marilia, mas, o coronel se apresentou somente no dia 3 de outubro, onde prestou depoimento. Ele passou a noite sob custódia no quartel da Polícia Militar em Marília e foi transferido para o presídio Romão Gomes, em São Paulo.
A mulher do coronel chegou a confirmar em depoimento que realmente tinha um relacionamento com a vítima. Ela ainda teria dito que teria muito medo do marido. Já o coronel em seu depoimento relatou que o rapaz teria feito esboço de sacar uma arma e, o acusado, que também estava armado, sacou e disparou.
A polícia também trabalha com a hipótese de que a cena do crime tenha sido prejudicada, já que o crime aconteceu por volta das 6h e a PM só foi acionada às 8h. O celular da vítima teria sido retirado do local e devolvido depois pelo filho do coronel. O aparelho está sendo periciado fora de Marília.
Uma operação realizada pela DIG, no dia 9 deste mês, apreendeu diversas pistolas e revólveres de propriedade do coronel em imóveis de cidades da região. O caso segue sob segredo de Justiça e mais detalhes do relatório da investigação não foram divulgados. O inquérito foi entregue para análise do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para que a denúncia seja oferecida.
O coronel já teve dois pedidos de liberdade indeferidos pela Justiça e permanece preso no presídio Romão Gomes, em São Paulo, destinado a militares.
DIRETO DO PLANTÃO POLICIAL