A HISTÓRIA SE REPETE. Por incrível que pareça, já há mais de duas décadas, entra prefeito e saí prefeito, o escândalo envolvendo a MERENDA DAS CRIANÇAS é certo. A grande questão fica por conta do contraditório, pois, cada um apresenta uma versão diferente para sua defesa.

Fato é que; a fiscalização ordenada ( segunda do ano em um modelo de ações especiais por temas de interesse de controle do Tribunal ) foi realizada no dia 28 de abril último e APRESENTOU LAUDO DE USO DE CARNE VENCIDA, BAIXA QUANTIDADE DE PRODUTO E USO DE CARNE VERMELHA.

O resultado não poderia ser pior; o despacho do Tribunal de Contas foi publicado no Diário Oficial do Estado na última quinta-feira (23) e diz ainda que inércia da administração poderá repercutir no exame das contas anuais, relativas ao exercício de 2022. A noticia logo se espalhou, viralizando no final de semana e criando um apreensão por parte das mães de alunos.

Nossa reportagem logo pela manhã esteve ouvindo algumas mães nas proximidades da referida escola e a tensão realmente pode ser sentida de perto. “É preocupante, pois a gente não sabe que estão dando de comida para nossos filhos. As vezes a criança fica doente, tem dor de barriga e a gente nem sabe o motivo. O pior que não tem ninguém para fiscalizar” narrou E.M.S.L, 32 anos, mãe da aluna.

“Infelizmente a criança não sabe perceber pelo paladar e a gente acaba confiando que está tudo bem. É uma vergonha tudo isso e não é novidade porque sempre se repete e ninguém faz nada”, declarou C.S.T, 23 anos, mãe de dois filhos.

Como medida, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou que a Prefeitura de Marília adote “medidas necessárias para regularização” após fiscalização em serviços de educação. Tal fato provocou polêmica em maio com a discussão sobre qualidade de carne na Escola Municipal de Ensino Fundamental Célio Corradi.

Para se evitar o comentário de que foi uma ação meramente sensacionalista e oportunista em ano eleitoral, a Fiscalização Ordenada atingiu 345 cidades do Estado e incluiu apenas a Emef Célio Corradi em Marília. Duas fotos com as indicações do que seriam as irregularidades foram postadas com relatório e seguem disponíveis no site do tribunal, basta acessar.

O OUTRO LADO : A prefeitura contesta o laudo de vistoria.

Como já era de se esperar, a administração municipal contestou o laudo oficial do TC ( Tribunal de Contas ). Segundo a prefeitura, uma equipe da Divisão de Alimentação Escolar e uma Nutricionista fizeram uma visita técnica à escola e o relatório da Secretaria Municipal de Educação descartando a mencionada irregularidade.

Segundo a administração municipal, através da secretaria competente, a carne moída registrada como vencida estava congelada. “Está dentro do prazo de validade e não está estragada, mas a agente coloca como vencida, pois avaliou o produto pela data de fabricação” reafirmaram.

Emef Célio Corradi passa a ter aulas em...

No que diz respeito a carne em baixa quantidade – relatada com uma foto de pedaços da carne em uma panela – a prefeitura diz que atendeu cálculo por número de estudantes a serem atendidos. “A carne servida no almoço foi carne com legumes – chuchu e abóbora e cenoura -, mas o preparo é realizado separadamente devido a crianças alérgicas a alguns alimentos: cenoura, feijão e outros.”

Como detalhe, a secretaria da educação relatou que como prova da procedência da validade, após a finalização do preparo dos alimentos para o almoço, a agente foi convidada pela auxiliar de direção a participar, mas teria se recusado indo embora logo na sequência.

Em meio a dúvida, ficam as mães de alunos e o mariliense que mais uma vez acaba assistindo a cidade se tornar manchete em veículos de imprensa envolvendo a sagrada MERENDA DA CRIANÇAS…..LAMENTÁVEL.

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