A cidade de São José do Rio Preto acaba de presentear os usuários de transporte coletivo com um novo, amplo e moderno terminal urbano. O novo terminal urbano foi construido na antiga praça Cívica, e começou a funcionar no último dia 30 de novembro.

Depois de três anos de atraso e ao custo de R$ 64,2 milhões – R$ 16,5 milhões mais caro do que a previsão inicial -, o novo espaço teve a apresentação realizada pelo prefeito Edinho Araújo, o secretário de Trânsito, Amaury Hernandes, e o presidente da Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb), Rodrigo Juliano. Detalhe curioso foi para a dispensa da cerimônia de inauguração. A manutenção do local está estimada em R$ 6,8 milhões por ano.

A entrada principal do novo terminal é realizada pela rua Bernardino de Campos, por onde os usuários compram os bilhetes em seis guichês e tem acesso às dez catracas de acesso às plataformas de embarque e desembarque de cada linha dos ônibus do Consórcio Riopretrans.

Por essa entrada, o público também tem duas escadas rolantes e elevadores que dão acesso ao piso superior. À esquerda da bilheteria, funciona um bicicletário para até 120 bicicletas. A estrutura fica ao lado da ciclovia entre as faixas exclusivas para bicicletas da avenida Philadelpho Gouvêa Netto e as faixas que margeiam a Represa Municipal, passando por trás do prédio da Biblioteca Municipal.

Outra entrada está na Philadelpho, onde fica a sala que abriga uma nova base da Guarda Civil Municipal (GCM). Composta por escadas, a entrada também dá acesso à área externa do novo terminal e ao piso superior do espaço. “Essa entrada dá acesso simultaneamente ao bulevar, ao anfiteatro e áreas verdes, à rua Pedro Amaral [via passarela], ao prédio administrativo e às catracas da rua Bernardino [por meio de escada rolante e elevadores]”, explicou o presidente da Emurb, Rodrigo Juliano.

Os dois pisos do novo terminal somam 28 mil metros quadrados. No piso superior, os usuários terão acesso a uma praça de convivência com bancos e arborização. A área também é composta por jardins, uma esplanada, um anfiteatro de 330 metros quadrados e com capacidade para 750 pessoas que “ficará à disposição da Secretaria de Cultura para agendar sua programação”, afirmou o presidente da Emurb.

No piso superior também foi construído um deck com 370 metros quadrados para descanso. A passarela no piso superior citada por Juliano possibilitará o acesso ao antigo terminal de ônibus – que será reformado para funcionar como terminal para ônibus intermunicipais – e à Rodoviária. “Por lá [pela passarela] é possível acessar as escadas rolantes e os elevadores que dão acesso às catracas de entrada ao novo terminal”, afirma Juliano.

Circulação de ônibus

O novo terminal tem entrada e saída de ônibus tanto pela rua Bernardino de Campos como pela avenida Duque de Caxias. Os ônibus que chegam da região sul, por meio do viaduto Abreu Sodré, no prolongamento da avenida Alberto Andaló, entram no novo terminal por meio de um portão ao lado da Biblioteca Municipal. Esses veículos saem para os seus itinerários pela Bernardino.

Já os ônibus com sentido à região leste da cidade (Represa e Damhas) saem pela avenida Duque de Caxias, sentido avenida Lino José de Seixas. “[Nesse sentido] são bem poucos ônibus”, afirmou o secretário de Trânsito, Amaury Hernandes. Os outros ônibus – maior fluxo de veículos – entram e saem pelo acesso na rua Bernardino de Campos.


No espaço de embarque e desembarque são 80 bancos, 125 lixeiras para descarte correto de lixo e tomadas para recarregamento de baterias de telefones celulares. A Emurb, junto à Secretaria de Trânsito, instalou 16 totens de informações com 32 monitores para informações sobre o horário de chegada e partida das linhas em tempo real.


Com o início do funcionamento do novo terminal, a Secretaria de Trânsito informou que o miniterminal da avenida Bady Bassitt (no cruzamento com a rua Pedro Amaral) ficará desativado. A medida é necessária por conta de mudança no itinerário das linhas que passavam pelo local. Esses ônibus agora acessam a região da Boa Vista por meio do viaduto da rua João Mesquita.

Segurança e acessibilidade

O novo terminal foi inaugurado com 79 câmeras para registro das imagens dentro e fora do espaço. Em relação à acessibilidade, a Emurb informou que o complexo foi liberado com acessibilidade para cadeirantes, pessoas com mobilidade reduzida e com deficiência visual. “São quatro elevadores e duas escadas rolantes, além de piso tátil em toda a extensão. Para a travessia das ruas internas foram construídas quatro lombofaixas”, disse o presidente da Emurb.

Sustentabilidade

O novo terminal conta com dois reservatórios subterrâneos instalados na entrada principal com capacidade de armazenar até 450 mil litros de água da chuva – 175 mil retidos para evitar alagamentos e outros 275 mil reservados para o uso na limpeza das plataformas, irrigação das áreas verdes e nas descargas dos quatro banheiros públicos.

Sem comércio interno

No novo terminal urbano de Rio Preto não é possível comprar um cafezinho com pão de queijo ou simplesmente uma água gelada antes de chegar ao destino. O novo espaço começou a funcionar sem nenhum tipo de comércio fixo em seu interior. A nova estrutura também não vai aceitar vendedores ambulantes. Do lado de fora, ao redor, também não há opções.


A decisão de colocar o novo terminal para funcionar sem estabelecimentos difere da antiga estrutura, com a qual os 75 mil usuários do transporte público da cidade estão acostumados. Ao lado da entrada de pedestres no terminal antigo, os usuários tinham a opção de comprar salgados e outros produtos em lanchonetes do lado de fora das catracas.

Além disso, mesmo com placas informando a proibição do comércio ambulante, o antigo terminal contava com vários vendedores. No novo terminal também é proibido fumar.

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