O evidente critério político adotado pelo governador João Dória para a reabertura do comercio dentro do plano São Paulo que classificou a cidade de Marília nas mesmas proporções que cidades como São José do Rio Preto, Campinas, Ribeirão Preto e a capital paulista continua gerando protestos, principalmente por parte de uma das maiores cadeias produtivas do município e, que gera milhares e milhares de empregos.

A entidade que os representa legalmente é o SINCOMÉRCIO ( Sindicato do Comércio Varejista de Marília ) que está convocando empresas, trabalhadores e a comunidade da cidade e região para uma onda de pressão pública pela reabertura de todos os setores da economia com flexibilização da quarentena.

O presidente da entidade, Pedro Pavão, em entrevista concedida nesta manhã, ressaltou que a primeira medida a ser tomada deve ser do prefeito Daniel Alonso, que precisa sancionar a lei de regulamentação geral de atividades econômicas aprovadas pela Câmara de Marília na terça-feira.

Pela teor do documento, a lei define bases para funcionamento de comércio, serviços e indústrias com diversas regras de prevenção e controle de higienização nas empresas. “A lei dá para a Prefeitura de Marília os mecanismos que a cidade precisa para funcionar de forma técnica, organizada e responsável, fora do jogo político em que foi transformada a quarentena no Estado de São Paulo”, afirmou Pedro Pavão.

Confira abaixo a íntegra do manifesto divulgado pelo SINCOMÉRCIO. “Divulgue. Compartilhe e discuta nas suas redes de contato. É hora de proteger Marília e região”, conclamou Pedro Pavão.

“Respeitem Marília
A exclusão de Marília entre os melhores cenários da flexibilização da
quarentena em meio à epidemia do coronavírus é uma agressão e não pode ficar sem resposta. A cidade e a região têm índices e medidas de controle que comprovam o baixo impacto da epidemia. Isso foi ignorado enquanto acumulamos um rombo econômico.
As manifestações técnicas do Ministério de Saúde dão a Marília todas as condições para ter abertura muito maior das atividades econômicas. O projeto de lei 44/2020, aprovado pela Câmara de Marília na terça-feira (dia 26 de maio), dá à cidade critérios técnicos, legais e sanitários para reabertura ampla. Mas segue engavetado no gabinete do prefeito Daniel Alonso esperando ser sancionado para se tornar lei. Não é só um problema do comércio. É uma crise de toda a cidade e toda a região. A flexibilização diferenciada vai deixar Marília ilhada entre regiões de maior expansão. Estamos sem condições de reagir e retomar capacidade geral de crescimento, o que é uma ameaça inclusive para serviços médicos e de fiscalização. Essa conta será impagável. Cobre do prefeito. Cobre do governador. Cobre do deputado Vinícius Camarinha e de outros parlamentares, em nível estadual e federal, que usam a cidade a regional como base de exploração política. Marília e região acumulam situações históricas de marginalização política e econômica. São décadas de descaso do governo estadual. Subfinanciamento do Complexo Famema; perda de comandos da segurança pública enquanto a região vê brotar situações de riscos, como novos presídios; exclusão de grandes projetos de infraestrutura, como extensão da rodovia Castello Branco; exclusão na retomada da ferrovia ou a projeção de uma das
maiores malhas de pedágios em rodovias, são alguns dos muitos casos. Tudo isso atrasa a economia, prejudica a qualidade de vida, reduz capacidade de atendimento em saúde, em serviços. Paramos no tempo. A marginalização no programa de flexibilização da quarentena é a cereja no bolo do descaso. E não dá mais para engolir calado. É hora de todos reagirem juntos.
Sindicato do Comércio Varejista de Marília e Região

Pedro Pavão – presidente”

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