O Google desistiu oficialmente da ideia de ser uma espécie de banco digital e gerenciar as contas dos seus usuários por meio do aplicativo de pagamentos Google Pay. O recuo se dá alguns meses após a saída do executivo Caesar Sengupta, que liderava a entrada da empresa no mercado bancário.

Os planos do Google de se tornar um banco digital vinham desde 2019 sendo anunciados e adiados posteriormente. A promessa da empresa era de uma grande reformulação no Google Pay, que permite aos usuários realizar pagamentos usando seus smartphones.

Reformulações do Google Pay

Após uma grande ampliação em 2020, o Google firmou uma parceria com diversos bancos e instituições financeiras fora do Brasil, com destaque para o Citibank. A parceria consiste na criação de uma modalidade de conta sem taxas de manutenção e com juros menores para financiamentos.

Porém, a empresa queria ir além e dar uma melhor experiência aos seus usuários para serviços bancários móveis. Para isso, o Google pretendia utilizar sua robusta estrutura de software e recursos de inteligência artificial, porém, agora, a ideia foi oficialmente engavetada.

Cartão Samsung Itaucard

Em nota, um porta-voz da empresa disse que os trabalhos em parceria com bancos tradicionais deram à empresa o entendimento de que a demanda por pagamentos digitais simplificados é bastante ampla. Porém, seria mais interessante investir em capacitação digital para instituições financeiras.

Em outras palavras, o Google deu a entender que é melhor estar nesse mercado como uma espécie de consultor do que como o banco digital e provedor de fato dos serviços. Além disso, alguns players importantes, como Apple e Samsung, já estão bastante estabelecidas neste mercado.

A marca da maçã, por exemplo, possui um cartão de crédito próprio desde 2019, em uma parceria com o banco Goldman Sachs, que não opera aqui no Brasil. Os sul-coreanos, por sua vez, lançaram o cartão de crédito premium por aqui em parceria com o banco Itaú.

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