Será sepultado no dia de hoje, o corpo de Elisabete Aparecida Porta Raimundo, de 35 anos, que está sendo velado no velório do Cemitério Parque das Orquídeas. Ela foi a primeira vítima de feminicídio do ano na cidade na manhã de ontem, terça feira ( 28 ),

O autor dos disparos, seu ex-companheiro, Cristiano Raimundo, de 40 anos cometeu o suicídio logo após empreender fuga do local do crime. O Seu corpo está sendo velado no velório municipal e será sepultado também no dia de hoje às 17:30 no Parque das Orquídeas.

INEFICIÊNCIA DO ESTADO PARA UMA MORTE ANUNCIADA

Uma pergunta que está a ecoar em toda a cidade é; por que as medidas protetivas não chegaram até a vítima Elisabete ??

A vítima temendo pela sua vida e, já prevendo o pior, havia registrado o último Boletim de ocorrência contra ele no último dia 15 de Janeiro na CPJ ( Central de Policia Judiciária ). Ela relatou no BO que ele estava enviando mensagens com ameaças contra ela e seus familiares, inclusive indo ameaçá-la em frente o local onde ela trabalhava, uma industria do ramo alimentício situada na avenida republica, que inclusive ontem, declarou estado de luto pelo fato acontecido.


Marca do tiro que matou Elisabete; ela estava em frente a escada do ônibus quando o ex disparou contra sua cabeça (Foto: Divulgação)

Segundo os relatos, Cristiano, ameaçava inclusive o filho de Elizabete, de apenas 9 anos e fazia ameaças pedindo para que ela retirasse outros Boletins de ocorrência registrados por ela contra ele. No último Boletim ela já previa o pior acontecendo e relatou que “temia pela sua vida se ele não fosse preso”. Infelizmente as medidas protetivas não chegaram até Elisabete e a lei Maria da Penha mais uma vez mostrou a sua ineficácia. As ameaças foram consumadas por Cristiano, deixando apenas uma certeza no ar; ” somente medidas burocráticas nada resolvem “.

TRAGÉDIA QUE PODERIA TER SIDO EVITADA

Como já descrito pelo Jornal do Ônibus de Marília, Elisabete foi morta com dois tiros por volta das 6 horas e 30 minutos da manhã de ontem, terça feira ( 28 ). Ela foi atacada pelo ex-marido, Cristiano Raimundo,no interior de um ônibus da empresa Grande Marília, na Avenida Sampaio Vidal, em Padre Nóbrega.

De uma forma covarde e premedita, após o feminicídio, o homem fugiu em um veículo Gol e teria se suicidado com a mesma arma em uma rua no Distrito Industrial, em Marília. Segundo testemunhas, o homem ficou de tocaia no local desde as 4 horas da madrugada. Ela já tinha registrado Boletins de ocorrência e obtido medidas protetivas contra o ex-marido que infelizmente não funcionaram, aliás não foram colocadas em prática.

“No domingo a Elizabete esteve com a gente, tentamos ajudá-la, mas não deu. O ex-marido dela já tinha cometido um homicídio antes, ficou na cadeia e foi solto. A Elisabete já estava separada dele. Eles moravam na Zona Sul e ela mudou domingo para a Zona Norte para ficar longe dele. Era muito difícil a situação dela, porque não tinha proteção”, disse Osvaldo Pereira, irmão da vítima ao repórter Benedito Henrique, da Rádio Clube. “O Cristiano já vinha ameaçando ela com arma, porque era muito ciumento e queria ela de volta na marra”, declarou.

Segundo a delegada de defesa da mulher, Drª Viviane, o trabalho da policia civil foi realizado e encaminhado ao fórum local. Não havia nenhum mandato de prisão contra o assassino. A arma utilizada é de calibre 38 e contra a vítima foram disparados 04 tiros.

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