Na tarde de ontem, domingo (21), manifestantes se reuniram em frente à sede do Ministério Público Federal, em Curitiba, em um ator a favor do deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos). O ex-procurador da Operação Lava Jato teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral na última terça-feira (17).
No protesto, centenas de pessoas, vestidas de preto e com bandeiras do Brasil, gritavam palavras de apoio a Dallagnol, que compareceu na manifestação.
Quando Deltan Dallagnol começou o discurso, aproximadamente 10 mil manifestantes estavam na Marechal Deodoro ouvindo. Em discurso, Dallagnol se manifestou sobre a cassação e disse que “o sistema dos corruptos tem medo de quem acredita no impossível”.
“Curitiba é o Germe da Democracia”
Dallagnol respondeu ao comentário do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, disse que Curitiba “gerou Jair Bolsonaro [PL]” e “tem o germe do fascismo”. Contradizendo Mendes, Dallagnol argumentou que Curitiba “é o germe da democracia, da luta contra a corrupção, da honestidade, do trabalho e do valor”.
Apoio de Políticos
O ato foi organizado pelo movimento Curitiba contra a Corrupção e aconteceu em frente ao Ministério Público Federal, no centro da capital paranaense. Figuras políticas importantes, como o deputado federal Marcel van Hattem (Novo), os deputados estaduais Tito Barrichello (União Brasil), Denian Couto (Podemos) e Fabio Oliveira (Podemos), além dos vereadores Professor Euler (MDB), Indiara Barbosa (Novo) e Amália Tortato (Novo), marcaram presença no evento.
Com este movimento, Dallagnol e seus apoiadores esperam resistir à recente decisão do TSE e manter a luta contra a corrupção viva na consciência política do Paraná e do Brasil.
A ‘República de Curitiba’
A chamada “República de Curitiba” foi um movimento importante de apoio à Lava Jato a qual alguns integrantes, inclusive o ex-juiz Sérgio Moro, tinham origem no estado do Paraná. Foi também o movimento que impulsionou as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no sul do Brasil.
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