A internet não perdoa. Se antes, parte da população era manipulada por programas jornalísticos de emissoras de rádio e outra parte por veículos de comunicação impressa ou deixando se levar pela compra de voto, para 2024 poderemos ter surpresas oriundos das urnas eleitorais.

O conclusivo é simples e se deve ao fato de uma nova categoria de eleitor que vem crescendo assustadoramente ao longo dos anos. Trata-se do ELEITOR PATRÃO. A ele compete contratar, avaliar período de experiência (longos 4 anos) e descontratar para eleger outro em seu lugar.

Uma ferramenta utilizada por eles para se chegar a conclusão final, é justamente a internet e os vídeos e imagens que as pessoas recebem e arquivam. No paralelo o que mais temos hoje são os cientistas políticos que mesmo sem qualquer formação, sabem de tudo. São também conhecidos como influenciadores e que estão espalhados nas dezenas de grupos de WhatsApp existentes na cidade.

Para se ter uma ideia, o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA publica nesta semana, uma matéria a respeito do assunto. No Brasil, a quantidade de influenciadores digitais já é maior que a de muitas outras profissões, como médicos e advogados. Essa é uma tendência mundial e em Marília não seria diferente. Ao mesmo tempo, estamos em um período em que as redes sociais são rediscutidas em diferentes países.

Por aqui, fala-se em regulamentar as plataformas digitais, o que seria uma espécie de censura, que caso seja realmente implantada poderá até proteger os maus políticos, mas o processo de julgamento do ELEITOR PATRÃO, continuará o mesmo. Mesmo que venha a censura, o desempenho dos candidatos já está na cabeça do povão e se refletirá em 2024. Recordaremos logo a seguir;

Realizamos um termômetro na máquina do tempo para demonstrar em números o que poderá ocorrer na cidade de Marília de acordo com os últimos processos eleitorais. No processo eleitoral de 2012, o prefeito era Ticiano Toffoli, que assumiu a cadeira de Mário Bulgareli, renunciante em 2011 para não perder os seus direitos eleitorais. A constituição da câmara municipal era de 2008, sendo eleita no governo Bulgareli/Tofoli

No processo eleitoral de 2012, passados por tanto 4 anos, todos vereadores que constituíam a base do prefeito Marío Bulgareli NÃO FORAM REELEITOS, tamanha foi a rejeição do mesmo e seu vice no final do mandato. Confira abaixo os principais motivos.

  • Série de escândalos 
  • Prisão de Nelson Grancieri 
  • Abandono da cidade
  • Uma emissora de rádio que passa va 24 horas do dia triturando a administração em uma operação de desconstrução de imagem. 
  • Câmara combativa

Em 2012 ganhou Vinícius Camarinha, com o seu vice Sérgio L. Sobrinho. Os eleitos para o legislativo exerceram seus mandatos até o final de 2016, onde dos que integravam a base do governo Vinicius, somente 30% retornaram as suas respectivas cadeiras. Confira abaixo os principais motivos.

  • Número recorde de mortes por dengue 
  • Abandono da cidade 
  • Lixo acumulado nas ruas 
  • Revoltas do servidor que acabou desencadeando para a maior greve da história do funcionalismo.

No governo de Daniel Alonso e seu vice Cicero do Ceasa, a base hoje está enfraquecida, contando apenas com 6 vereadores se levarmos em consideração a votação para a presidência da casa. Porém já foi maior, tendo a sua disposição 11 vereadores. Vale lembrar que para 2024 serão 17 cadeiras e não 13 da atual gestão. Se valendo disto, e pelos estudos realizados, tudo leva a crer que a renovação será grande no plenário das edilidades.

Pelas projeções percentuais, dos 13 atuais vereadores, pelo menos 3 vereadores da base deverão retornar juntamente com mais uns 4 da situação, perfazendo um total de pelo menos 7 vereadores, ou seja; Para uma câmara municipal que precisa produzir bem mais do que apresenta, deveremos assistir a diplomação de 10 novos postulantes, entre eles raposas velhas da velha política e alguém que queira se aventurar no processo. Confira abaixo os principais motivos.

  • Autorização para concessão do DAEM 
  • Aumento no número de cadeiras do legislativo 
  • Reajuste nos salários dos próprios vereadores, secretários e prefeito municipal
  • Criação da Rádio Câmara.  
  • Omissão na implantação dos radares.
  • Abandono da cidade
  • Zona azul da cidade
  • Má gestão da saúde, principalmente na pandemia
  • Baixa produtividade em apresentação de projetos

Como deu para notar, na atual a administração municipal está ainda pior e sua popularidade nas ruas se encontra baixíssima, apresentando um quadro com o dobro de situações desfavoráveis eleitoralmente falando, que poderão influenciar na escolha de seus representantes para a próxima legislatura.

Um detalhe importante favorece as mulheres. O emponderamento feminino na política pode acabar chegando em Marília e aumentando a pincelada de batom no legislativo. Pelas candidaturas que já se negociam e a conjuntura que se desenha HOJE, é possível que em 2024, tenhamos um número maior de vereadoras, pulando de 2 cadeiras para 3 e com grande possibilidades de dobrar o número (4).

A grande surpresa pode ser a eleição de representantes de classe, categorias e área sindical. Bancadas de igreja manterão a tradição de eleger seus quadros. Apesar dos piadistas de plantão, não se trata de bola de cristal ou previsão lunática, mas sim, de projeção de acordo com as legendas e as conversas de bastidores, que lá, no fundo, tem muito de verdade. Portanto, é melhor colocar as barbas de molho.

A internet trabalha como memória coletiva durante a eleição e podem ter a certeza de que no momento certo aparecerá e desempenhará um papel importantíssimo no processo eleitoral de 2024 com um escrutínio seletivo. Vereador que não abrir os olhos já pode acordar no dia 1º de janeiro de 2025 sem mandato. Depois não vai dizer que não avisamos.

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