Às vezes nos sentimos como um pequeno soldado gritando na imensidão do deserto, mas, temos conosco a percepção e o entendimento de que este é o papel do jornalismo sério e construtivo. Além do mais, é muito bom publicar esta matéria em tempos de período eleitoral para deixar bem claro que aqui não tem oportunista. O histórico desse editor figura como ativista social e lhe credencia para discutir com qualquer autoridade do município sobre os problemas e questões da cidade com liberdade para apresentar toda e qualquer sugestão que seja em prol de seu povo e não do sistema que alimenta os políticos à anos.  

Em último Setembro Amarelo, comemoramos o mês de prevenção ao suicídio, e Marília infelizmente é uma das cidades do interior do estado de São Paulo e talvez do Brasil que mais se registra ocorrências de suicídio ou atentados contra a vida. O poder executivo se emudece, afinal é uma gestão que nada se cria. Já no poder legislativo, belos discursos de tribuna clamando por campanhas e só. Ninguém se atentou a mexer justamente nos locais com maior incidência de tentativas ou fatos infelizmente consumados.

As passarelas, pontes e viadutos, aparecem na hora do desespero, como uma solução para aqueles que se encontram com a maldita depressão ou por algum problema momentâneo. Pensando nessa situação, a MARILIA CENTENARIA, representada por este editor, estará ingressando no MP nos próximos dias, acionando o mesmo para que, a prefeitura de Marília busque parcerias com as concessionárias ou com a iniciativa privada para  se readequar  e reestruturados  todos os viadutos, pontes e passarelas da cidade para se evitar novos casos.

A ideia é seguir os modelos utilizados em outras cidades com uma visão mais cristã, humanizada e inclusiva inserindo até uma grande ação envolvendo igrejas e alunos estagiários do curso de psicologia de nossa cidade.  Se faz necessário um acordo onde fique definido que as novas estruturas devam  contar com um “kit básico” de prevenção. Além delas, viadutos já existentes servirão como “plano piloto” para os próximos a serem construídos. O importante é eliminar um grande dispositivo utilizado pelas vítimas. A novidade é uma barreira impeditiva, ou seja;  um dispositivo que funciona como uma barreira  impedindo o acesso à parte de cima da grade que fecha a passarela destinada aos pedestres.

Se checarmos dados minuciosos de outras cidades e até de outros países ficará demonstrado que estas estruturas possuem os maiores índices em uma cidade no que se refere à tentativa de suicídio. Não se tem como monitorar todos os locais, e chegar a tempo de impedir uma tentativa, mas, temos como dificultar a ação e ir ao encontro destas pessoas. “Eles devem passar por um programa de recuperação a ser desenvolvido em paralelo com a sociedade como um todo. De inicio temos que trabalhar esta medida protetiva de forma que façamos um projeto piloto. Alguns modelos que vimos são muito agressivos. Entendemos que isso poderia estimular outro tipo de violência, por exemplo. Estamos estudando o material mais adequado para que faça parte do projeto arquitetônico da própria obra de arte que é um viaduto”.

Para cada local se faz necessário estudar qual o tipo de proteção mais adequada e economicamente viável, e que também atenda a questão do vandalismo e as intempéries do tempo. Já temos um modelo onde o projeto se apresenta de uma forma que dificulta  a pessoa de subir, mesmo instalado, ressaltando que as grandes serão personalizadas com imagens da cidade e mensagens de conscientização contra o suicídio. Este será o grande destaque.

PROJETO LEGISLATIVO

Mesmo sendo odiado pela maioria dos integrantes do poder legislativo Mariliense, não temos dificuldade nenhuma em deixar em aberto para que algum parlamentar com sensibilidade abrace esta causa e apresente na Câmara Municipal de Marília um projeto de lei propondo  que a medida se tornasse mais ampla, se estendendo por todo a cidade, “em locais de grande fluxo de veículos e em locais onde apresentam maior número de ocorrências de suicídio”. Se tornando lei, fica mais fácil administrar a cidade.

Nosso entendimento é um só vidas humanas estão acima de qualquer divergência pessoal ou política. A política passa, o mandato termina. Este veículo de comunicação, um dia deixará de existir, mas, qual o legado que cada um deixará, principalmente em prol de uma causa tão nobre? Nessa hora, o importante é se importar com as pessoas, afinal VIDAS HUMANAS IMPORTAM..

Para complementar, além das grades, estamos a propor através da MARILIA CENTENÁRIA  a instalação nas estruturas de aparelho telefônico, com ligação direta com o centro de prevenção de suicídios ou outros números de emergência e câmeras de vigilância que poderiam ser instaladas em parceria com qualquer empresa do ramo na cidade.  

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