No dia de ontem, sábado (5), milhares de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) voltaram a ocupar as ruas em todo o Brasil  para protestar contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva na eleição presidencial. Protestos chegam a 5 dias seguidos. Em Marília não é diferente, onde os manifestantes passam a noite na conhecida praça do Castelo Branco.

Os locais escolhidos para as manifestantes foram bases militares como o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (região do Ibirapuera), o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (praça Duque de Caxias), o Quartel General do Exército, em Brasília, em Lins no 37º BImtz e em Marília em frente ao Tiro de Guerra do exército.

Para entendermos melhor, o JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA, procurou especialistas no assunto para uma explanação sobre as primeiras solicitações do movimento que agora se transformaram em S.OS TIRO DE GUERRA. Confira :

“Os requisitos para intervenção federal estão no artigo 34 da Constituição : coibir grave comprometimento da ordem pública, manter a integridade nacional, repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra, garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes, reorganizar as finanças das unidades da Federação, prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial e assegurar a observância de princípios constitucionais sensíveis.

Nesta onda de mobilização, a imagem e o nome de Bolsonaro não aparecem, mesmo porque não se trata de um ato politico partidário, mas sim, de preocupação com o futuro da nação brasileira. Segundo manifestantes ouvidos, as palavras e as mensagens são cuidadosamente escolhidas para evitar “censura e cerceamento”.

“Não queremos levantar bandeira de partido, queremos mostrar nossa voz para mostrar que estamos insatisfeitos com o TSE e que não aceitamos o Lula voltar ao local do crime”, disse ao site da Jovem Pan a comerciante Sâmia Agostini, que participa do ato em São Paulo. Os manifestantes afirmam que não há nenhuma liderança central convocando esses protestos. De fato, nenhum político de direita fez convocação via redes sociais, como é comum em atos desse tipo, mas a Polícia Federal investiga para saber se há alguém agitando ou financiando esses atos em grupos de WhatsApp.

A tendência é que as manifestações aumentem de tamanho neste domingo, 5, com possibilidade de greve geral a partir de segunda-feira. Rodou nas redes sociais um comunicado pedindo para que os empresários fechem suas empresas, fábricas e comércios. Nos atos deste sábado e nas redes sociais, pulularam mensagens pedido para que a classe produtiva cruze os braços. O clamor por uma greve aumentou após os bloqueios organizados por caminhoneiros nas estradas se dissiparem.

Nestas primeiras horas desta manhã de domingo, já é possível se ver um grande deslocamento de pessoas com destino a praça do Castelo Branco que fica em frente ao Tiro de Guerra de Marília. A expectativa é de reunir pelo menos 15 mil pessoas e na noite de ontem os participantes acenavam para a realização de um INÉDITO ABRAÇO PELA NAÇÃO, onde todos abraçariam de forma simbólica a unidade militar de Marília. A reportagem do JORNAL DO ÔNIBUS DE MARILIA acompanha a mobilização.

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