A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiu de 417,4% ao ano, em fevereiro, para 430,5% ao ano em março. Os dados foram divulgados pelo Banco Central (BC) na quarta-feira (26). De acordo com a instituição, esse é o maior patamar desde março de 2017, quando estava em 490% ao ano, ou seja, em 6 anos.

O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento. O patamar da taxa rotativa de juros segue proibitivo. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado.

De acordo com interlocutores do sistema financeiro, as altas taxas cobradas no rotativo do cartão não são um tópico simples de ser resolvido. Eles dizem que o governo e os bancos ainda estão longe de chegar a soluções.

Mas afirmam que alguns caminhos estão no radar, como oferecer taxas mais acessíveis a devedores pontuais, que não são contumazes e que ficam pouco tempo no rotativo.

Os representantes das instituições financeiras argumentam que o fato de os consumidores poderem parcelar sem juros, algo que só existe praticamente no Brasil e que deixa o risco integralmente com o emissor do cartão, contribui para a alta taxa cobrada.

Outras linhas de crédito

Segundo o Banco Central, a taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas subiu de 44,2% para 44,3%, de fevereiro para março.

Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando a taxa média alcançou 45,6% ao ano. Ou seja, trata-se do maior índice em cerca de cinco anos e meio. A série histórica do BC tem início em março de 2011.

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