O CASO É GRAVE. Tudo começou quando moradores de bairros da zona leste da cidade usaram grupos de whatsapp e redes sociais para reclamar da qualidade da água que saia das torneiras de suas residências.

Segundo eles, a água estaria amarelada e com odor, inclusive registrando com imagens em vídeo que foi compartilhado para diversos grupos. “A água que o Daem vem oferecendo nos últimos dias está fétida, com turbidez anormal, e continua com aparência de estar imprópria para uso, mesmo depois de passar por filtro, pós cavalete de entrada, filtro pós caixa d’água e filtro convencional de barro”, informou a denúncia.

A denúncia foi encaminhada para o Ministério Público, na Promotoria do Meio Ambiente e também para Cetesb. “Agua é alimento, precisa ser saudável. Inadmissível uma situação dessas. Pagamos impostos! Precisamos ser tratados com respeito”, disse.

Cetesb constata denuncia da ONG Origem e autua Daem por irregularidade

Para quem não se recorda, a pouco tempo atrás, os ambientalistas da ONG Origem de Marília já haviam denunciado o despejo de esgoto em área de nascente próxima à represa Cascata, responsável pelo abastecimento de parte da zona leste da cidade. Os moradores temem que a má qualidade da água que estão recebendo nas torneiras seja reflexo da contaminação por esgoto na Cascata.

Em função dos últimos acontecimentos, a Cetesb checou a denuncia e posteriormente informou a imprensa na última sexta-feira (11) que autuou o Daem ( Departamento de Água e Esgoto de Marília) com penalidade de advertência, após constatar o lançamento de esgoto sanitário na represa Cascata.  

Vídeo divulgado nas redes sociais e páginas da ONG mostra o despejo irregular de esgoto em área de preservação e nascente próximo a represa Cascata. O despejo fica a cerca de 300 metros do curso da água que vai para a represa.

100 % TRATADO ???

Como recordar é viver. Em dezembro de 2020 a Prefeitura de Marília anunciou com grande e milionária publicidade a obra de tratamento do esgoto da cidade, mas as interligações de vários emissários de esgoto para as bacias de tratamento ainda não foram finalizadas. Marília ainda possui vários pontos clandestinos de despejo de esgoto, colocando em risco o meio ambiente e no caso da represa Cascata, a saúde da população.

Questionada sobre a fiscalização no local, a Cetesb assim respondeu; “Quanto à fiscalização pela agência ambiental, ela é efetivada por ocasião do registro de reclamações sobre o lançamento de esgotos ou da disposição de resíduos abandonados por frequentadores do local”.

NOTA DA PREFEITURA: Assessoria emite comunicado contestando o ocorrido e pedindo uso racional da água.

“O acionamento de poços para reforçar a demanda da zona Leste, região que apresenta atualmente a maior carência no abastecimento, ocorre devido ao baixo volume da represa Cascata. O sistema da zona Leste é mantido por cinco mananciais de produção – sendo duas represas, a Cascata e a Água do Norte – e três poços tubulares profundos (poços artesianos). Devido ao atual baixo nível da represa Cascata, houve a reconfiguração do sistema com o uso dos poços, deixando de captar água da represa. Por conta disso, houve uma alteração nas características da água produzida e que se refletiu no aspecto. Este aspecto, inclusive, foi identificado pelos moradores de determinados bairros do Município. Em nota, o Daem explicou e garantiu que embora o aspecto tenha chamado a atenção dos usuários, a água produzida mantém-se totalmente dentro dos padrões sanitários exigidos pela Vigilância Sanitária e Ministério da Saúde. “A água produzida está dentro dos padrões estabelecidos para o consumo”, noticiou.

A grande pergunta que fica é; Diante do exposto que, aliás também ocorre em outros bairros e recordando a fortuna que foi gasta com publicidade de um esgoto 100% tratado, ONDE ESTÃO OS SENHORES VEREADORES?

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