“Maduro foi recebido com honras em Brasília, capital da República Federativa do Brasil”, anunciou a assessoria de imprensa do regime chavista. A declaração incluía imagens do ditador e sua esposa, Cilia Flores, desembarcando do avião da Conviasa, companhia aérea de bandeira venezuelana sancionada pelos Estados Unidos.

A viagem de Maduro se concretizou após várias tentativas sem sucesso. É que desde que Lula da Silva chegou ao Planalto, em janeiro passado, ele vem tentando receber o ditador e reabilitá-lo internacionalmente.

A visita do venezuelano só pode acontecer devido à mudança de governo, já que o governo anterior, o de Jair Bolsonaro, havia proibido a entrada do ditador no país, alinhado com as democracias mundiais que condenam a brutalidade do chavista regime.

Com a posse de Lula, a relação do Brasil com a Venezuela mudou drasticamente. E após a investidura do PT, o Brasil também reabriu sua embaixada em Caracas.

A expectativa é que Maduro, além de um encontro bilateral com o brasileiro, participe da cúpula organizada por Lula com o presidente sul-americanos , marcada para 30 de maio.

Há poucos dias, Brasília anunciou que Lula está tentando promover uma nova integração regional, mas sem nenhum tipo de “cobrança ideológica”. O anúncio previa assim a inclusão na cimeira do regime chavista.

Além do ditador venezuelano, estão convidados para o evento os presidentes da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) foram criticados nesta segunda-feira, 29, por aparecerem em uma foto batendo continência ao ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Uma foto tirada na noite de ontem, quando o chavista chegou à Base Aérea de Brasília, mostra a guarda de honra da FAB recepcionando Maduro.

A recepção gerou uma onda de críticas nas redes sociais, sobretudo no Twitter. O assunto “Venezuela” chegou aos trending topics da rede social. “Já estão acostumados a bater continência para bandido”, tuitou um internauta. “Militares melancias prestando honras a Maduro”, escreveu outro. “Que vexame as nossas Forças Armadas se prestarem a esse papel”, queixou-se uma pessoa.

Na terça-feira 30, Maduro e Lula se reunirão com outros nove presidentes sul-americanos para o encontro da Unasul, criada em 2008 — Dina Boluarte, do Peru, não participará, por causa de impedimentos constitucionais. Lula diz querer propor aos líderes a criação de um “novo mecanismo de integração”.

“Agradeço a calorosa acolhida com que fomos recebidos em Brasília, capital da República Federativa do Brasil”, escreveu Maduro, no Twitter. “Nas próximas horas, estaremos desenvolvendo uma agenda diplomática que reforce a necessária união dos povos de nosso continente.”

Maduro não pode entrar em todos os países. Há uma recompensa de US$ 15 milhões por sua captura. Segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, Maduro tem ligações com tráfico de drogas.

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