Conforme anunciamos, durante essa semana estaremos destacando um espaço todo especial para as mulheres, com matérias e temas alusivos as bandeiras de lutas que ultrapassam a semana e o mês, pois, é diária. Confira algumas bandeiras importantes que separamos para hoje.

Igualdade salarial

Quem não se lembra do protesto da jogadora de futebol Marta na Copa do Mundo de Futebol Feminino que aconteceu em 2019, na França. No mesmos jogo em que se consagrou a única jogadora de futebol do mundo a marcar gols em 5 mundiais, o que mais chamou a atenção foi seu protesto na comemoração. Na chuteira, em lugar de um patrocínio, um símbolo pela equidade de gênero no esporte.

Ela, eleita seis vezes a melhor jogadora do mundo, maior artilheira em Mundiais entre homens e mulheres, maior artilheira da Seleção Brasileira entre homens e mulheres, recusou o patrocínio porque o valor estava muito abaixo do que é praticado para atletas do mesmo nível do sexo masculino. 

Se, com tantos feitos e visibilidade, a Marta precisou se manifestar e dar um basta, imagine o quanto de mulheres não recebem salários inferiores que seus colegas que exercem a mesma função? É uma luta no mercado de trabalho que, infelizmente, precisa seguir firme.

Violência contra as mulheres

CRP SP: DIA INTERNACIONAL DA MULHER - 8 de março é dia de luta!

A violência contra a mulher está estampada na capa dos jornais diariamente. A Lei Maria da Penha é uma importante conquista, mas os agressores ainda existem e resistem. A grande maioria, maridos e companheiros que não aceitam o fim de uma relação ou que se sentem donos da mulher. 

Só em 2019, houve um aumento em mais de 7% na quantidade de feminicídios no país, sem falar nos casos de agressão física e sexual. O Dia da Mulher deve ser usado para ressaltar a importância da denúncia e para educar os homens desde novos para que eles não cometam tais crimes.

Feminismo negro

Prefeitura de Cuiabá | Misc recebe evento em homenagem ao Dia Internacional  da Mulher Negra Latino Americana, Caribenha e Tereza de Benguela

Outra corrente de luta social bastante relevante no Brasil é contra o racismo. Se as mulheres já sofrem diferentes tipos de preconceitos e estigmas, quando falamos das negras o problema se multiplica. 

A cor da pele e os traços étnicos são suficientes para serem classificadas como pessoas inferiores, criminosas e coisas similares. Além de lutarem por seus direitos como mulher, elas precisam lutar por seus direitos como seres humanos, como acesso à saúde, educação, alimentação e emprego.

Preconceito contra mulheres LGBTQIAP+

Por fim, precisamos falar do universo LGBTQIAP+. Uma sigla que engloba diferentes tipos de pessoas marginalizadas, das quais várias são mulheres. As lésbicas e trans são as que mais sofrem preconceito, por não se encaixarem no padrão tradicional da sociedade, que já mostrou que têm dificuldades em aceitar o diferente.

As ações do Dia Internacional da Mulher devem envolver todas as mulheres: lésbicas, trans, cis, brancas, negras, indígenas, ricas e pobres. Todas elas têm que ter os mesmo direitos garantidos, todas elas devem poder ser quem elas quiserem e sonharem ser. Por isso, foi um desperdício para aquelas que deixaram o dia 8 de março passar apenas com flores e chocolates. A leitura tem quem ser mais abrangente rompendo a cultura de apenas uma data festiva.

Se você entendeu a importância da data comemorada ontem e das comemorações que transcorrem durante toda a semana em muitos lugares e quer fazer algo de relevante, confira nossas sugestões de ações a serem desenvolvidas que publicaremos na edição de amanhã. Não percam e compartilhem com as amigas.

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