A notícia estourou como uma bomba nos bastidores políticos. A SABESP (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) apresentou uma longa lista de questionamentos sobre o processo de concessão do DAEM (Departamento de Água e Esgoto de Marília) realizado pela Prefeitura de Marília sob comando do Prefeito Daniel Alonso após a aprovação de 11 dos 13 vereadores da câmara municipal de Marília.

Em meio ao silêncio das autoridades constituídas e a falta de mobilização da população, a conceituada SABESP pediu o adiamento do processo de concessão por, pelo menos, seis meses. Segundo a empresa, é o tempo necessário para adequação de estudos e projetos às respostas dos questionamentos.

A grande surpresa é que a mesma não está sozinha nesta empreitada, pois, segundo as informações, a AEGEA, gigante do setor que já participou na primeira tentativa de concessão, na administração do ex-prefeito Vinícius Camarinha, também se somou a este movimento que conta ainda com outras seis empresas do setor que juntas encaminharam diversos questionamentos a respeito.

Vale lembrar que a OSCIP Matra (Marília Transparente) ajuizou, embora, após a votação aprovada na câmara, uma ação civil pública na Vara da Fazenda Pública de Marília contra o procedimento de concessão do DAEM.

Fato é que, estamos em contagem regressiva com um prazo muito curto para qualquer mudança no percurso já comemorado pela administração Daniel Alonso / Cicero do Ceasa. No entanto, o responsável pelo caso, juiz Walmir Idalêncio dos Santos Cruz, que encaminhou a ação para que o Ministério Público apresente um parecer sobre o tema, aguarda a resposta que possibilite ao mesmo decidir favoravelmente ou não o pedido para a suspensão da licitação que está prevista para a sua etapa crucial na próxima terça-feira (21).

Nas argumentações a SABESP alega que fica difícil fazer com exatidão a proposta financeira para a participação no processo licitatório, aliás, mesma justificativa das demais empresas que questionam. Nos bastidores da cidade, comentários dão conta de um consórcio já formado por magnatas para assumir o departamento, barrando a participação de outras empresas, justificando assim a falta de informações para inibir concorrentes. Confira com exclusividade os questionamentos apresentados pela SABESP e outras seis empresas.

  • Pedidos de revisão de alguns pontos do edital de licitação
  • A relação de oito documentos obrigatórios que precisam ser anexados ao processo
  • Informações sobre o cadastro das redes e adutoras de água existentes
  • localização de poços reservatórios
  • Estações de esgoto já terminadas e aquelas que necessitam de obras ainda
  • Plantas da rede de água e os dados de pressão da água existente nelas, etc.

Quem é a SABESP?

A Sabesp é uma sociedade anônima de economia mista fundada em 1973 e atualmente é responsável pelo fornecimento de água, coleta e tratamento de esgotos de 375 municípios do Estado de São Paulo. Em nossa região se destacam várias cidades, entre elas o município de Lins.

É considerada uma das maiores empresas de saneamento do mundo em população atendida. São 28,4 milhões de pessoas abastecidas com água e 25,2 milhões de pessoas com coleta de esgotos.

A Sabesp é responsável por cerca de 30% do investimento em saneamento básico feito no Brasil. Para o período 2023-2027, planeja investir aproximadamente R$ 26,2 bilhões, com foco na ampliação da disponibilidade e segurança hídrica, sem prejuízo dos avanços conquistados nos índices de coleta e tratamento de esgotos.

Em parceria com empresas privadas, a Companhia também presta serviços de água e esgoto em outros quatro municípios, Mogi-Mirim, Castilho, Andradina e Mairinque.

No segmento de água de reuso obtida a partir do tratamento de esgotos, a Sabesp produz, fornece e comercializa diretamente o produto por meio de suas próprias estações e, como sócia na Aquapolo Ambiental, que abastece o Polo Petroquímico de Capuava.

Além disso, no segmento de esgotos não domésticos, a Companhia é sócia da Attend Ambiental. No segmento de energia elétrica, criou em 2015 a Paulista Geradora de Energia S.A.

Apenas como conclusivo, não consta nas solicitações da SABESP, AEGEA e ademais questionamentos sobre quantos quilômetros de redes antigas ainda existem com manilhas de amianto, extramente prejudiciais à saúde e tampouco a quantidade de devedores da semi autarquia e quem são os grandes devedores (Magnatas), além da própria prefeitura. O JORNAL DO ÔNIBUS DE MARÍLIA acompanha a tramitação. O DAEM É VIÁVEL, O QUE FALTA É GESTÃO.

DIRETO DA REDAÇÃO

error: Conteúdo protegido por direitos autorais.